Publicidade Continue a leitura a seguir

A marquise do Ronaldo, o 11 de setembro e o fim das máscaras

Publicidade Continue a leitura a seguir

Rubrica "Partida, largada, fugida", por Susana Romana.

1

Passaram sábado 20 anos desde o dia em que deixámos de poder levar um desodorizante de tamanho normal ou um iogurte líquido na bagagem de mão para um avião. E destes ataques à nossa liberdade ninguém fala. Vocês sabem quanto custa um néctar de pêssego a bordo de um voo da Ryanair?

2

O ataque às Torres Gémeas foi um dos acontecimentos mais importantes do século que vivemos. Ao nível de “acontecimentos envolvendo aviões” é mesmo o segundo, suplantado apenas por quando o Marco mandou uma avioneta com uma mensagem de amor à Marta no primeiro Big Brother.

3

Uma viga que pertenceu às Torres Gémeas está há 20 anos em Alverca, à espera de ser exposta num lugar público. Ernesto Cabeça vivia em 2001 em Nova Iorque e pagou 8 mil euros para a trazer para Portugal. Se não chegar a monumento, dá um bom porta-chaves para a chave da casa de banho de uma estação de serviço, daqueles para evitar gamanços.

4

Domingo foi o último dia no qual a máscara era obrigatória na rua. Um alívio, claro. Mas ao mesmo tempo perde-se aquela proteção contra o mau hálito alheio. Este “regresso ao normal” devia ser patrocinado por uma marca de pastilhas elásticas. Os departamentos de marketing andam a dormir.

5

RIP, marquise de Cristiano Ronaldo. A infame amálgama de inox no último andar da luxuosa penthouse em Lisboa foi mandada abaixo na semana passada. Era feia, de facto. Mas esperem só até esse espaço estar ocupado pela fonte em ouro da dona Dolores a deitar um repuxo de água pela boca, que logo me dizem.

6

António Costa, que ainda ninguém sabe se se recandidata a primeiro-ministro em 2023, diz que não vai apoiar ninguém como seu sucessor dentro do PS. Ok, talvez não queira dar um empurrão a ninguém. Tirando dar um empurrão a Pedro Nuno Santos, mas acho que é para o mandar de umas escadas abaixo.

7

No último congresso socialista, até a ministra da Saúde, Marta Temido, foi tornada uma hipótese de sucessão para ser líder de um governo. Coitada, já não lhe bastou ter de gerir uma pandemia de covid-19, ainda ia ter de gerir uma pandemia de Eduardo Cabrita?

8

Quatro em cada cinco jovens dos 12 aos 17 anos já iniciaram a vacinação contra a covid-19. Depois de tantas bocas sobre as gerações mais novas, aqui estão os Gen Z a darem-nos uma lição: até um fã do Wuant percebe o básico de saúde pública.