A incógnita da terceira dose da vacina

O Governo esclarece que a terceira dose da vacina pode ser uma realidade

A possibilidade está em cima da mesa, a indústria farmacêutica pressiona para que aconteça, o Governo quer mais informações e certezas da comunidade científica para tomar a decisão. Um estudo revelou que os anticorpos começam a baixar três meses depois da primeira toma.

A queda dos anticorpos
O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra concluiu, num estudo com mais de quatro mil pessoas, que há um nível elevado de anticorpos ao fim dos 14 dias da segunda dose, mas que caem para um sexto do valor inicial ao fim de 90 dias. E o assunto entra numa nova fase de discussão. Há especialistas que defendem a terceira dose. Outros garantem que a imunidade vai além desses anticorpos porque inclui a memória das células. E há quem avise que a decisão sobre a terceira dose não se pode basear em testes serológicos.

Ponderação e bom senso
O Governo esclarece que a terceira dose da vacina pode ser uma realidade, mas prefere esperar por mais informação. Essa hipótese gera várias posições. Há os que defendem a terceira toma e os que consideram precipitado, já que a vacinação ainda decorre. E há farmacêuticas que fincam pé para não abrir mão das patentes e pressionam para haver mais doses.

“É necessário haver consolidação dos dados científicos e uma maior robustez científica”
António Lacerda Sales
Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

Testes antes do início do ano letivo
O Governo garante que o novo ano letivo arrancará em segurança. Os diretores escolares defendem testes serológicos para professores e funcionários e uma nova dose da vacina para que o ensino à distância não se repita. Uma coisa é certa: os professores serão testados à covid-19 antes de as aulas começarem.

85%
da população vacinada é a percentagem necessária para que, como a comunidade científica tem avançado, se atinja a imunidade de grupo.