A cultura que alavanca o Interior do país

Aulas de circo numa tenda no meio do nada. Um projeto de Chaves que David Byrne descreveu na sua newsletter. Uma aldeia de Tomar que junta 400 voluntários num festival. Um roteiro de arte urbana que honra a história da Covilhã. Uma escola que contraria a desertificação em Moncorvo. O trabalho com a comunidade é orgânico e transformador. Deixa lastro e marcas na pele.

Na tenda branca instalada na aldeia de Lourosa, de estradas de terra batida, o rio Alva ao pé, uma igreja, um café, uma escola primária, e pouco mais, há aulas de circo para gente de várias idades que aprende acrobacia, malabarismo, trapézio, contorcionismo, teatro físico. O português Hugo Oliveira e a norte-americana Sage Bachtler, performers que andam pelo Mundo com a sua companhia Oliveira&Bachtler, e que ainda este ano irão à Finlândia, compraram um pedaço de terra na aldeia de Oliveira do Hospital, reconstruída por estrangeiros – ingleses, holandeses, australianos, israelitas, americanos. Juntos ensinam a sua arte na tenda que montaram. Aos sábados, há jovens que começam a aula com saltos e cambalhotas. “Este trabalho com a comunidade é muito importante. Temos aulas esgotadas no meio do nada, o que mostra o sucesso deste programa e como fomos tão bem acolhidos”, diz Hugo Oliveira.

Cem Soldos é uma aldeia de Tomar com cerca de 700 habitantes, escola primária, jardim de infância, ATL, campo de jogos, dois cafés, duas lojas, uma tasca, centro de saúde, igreja, um lagar de azeite. E não há dúvida: o Bons Sons, festival de música portuguesa, colocou a aldeia no mapa. Os quintais são restaurantes, as casas camarins, as ruas e praças são palcos dos concertos. É o projeto mais sonante do Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS), que chega a mobilizar 400 voluntários para o Bons Sons.

O trabalho não fica por aqui. A associação cultural, a fazer 40 anos, nasceu para promover o bem-estar social e recreativo da população, trabalha todo o ano. Pedir uma fornada de pão à Céu para uma iniciativa tornou-se rotina. A aldeia vive alicerçada numa vontade coletiva. O que é que a cultura tem feito por Cem Soldos? “Tem feito muito, pela forma como a interpretamos e aplicamos”, responde Miguel Atalaia, presidente do SCOCS e diretor do Bons Sons. Ou seja, não como um lugar onde apenas se batem palmas, mas como um caminho que faz sentido naquele lugar.

A Indieror levou a trompetista Jéssica Pina a uma escola de Chaves para uma conversa com alunos. Mais uma atividade do Ciclo das Peeiras
(Foto: Rui Manuel Ferreira/Global Imagens)

Há pouco mais de uma semana, mais a norte, Jéssica Pina, trompetista de Alcácer do Sal que acompanhou Madonna na digressão “Madame X”, estava em Chaves. Na noite de 21 de maio, deu um concerto no centro cultural da cidade. À tarde, esteve na Escola Dr. António Granjo a falar do seu percurso, igualdade de género, alegrias e dificuldades, no “Ciclo das Peeiras” inspirado na tradição oral transmontana, em mulheres capazes de controlar lobos, de personalidade forte e independente. Esta é apenas uma das atividades da Indieror, associação cultural instalada na Rua Direita, no coração de Chaves.

É assim que a Indieror trabalha: para a comunidade e com a comunidade. “O que define o que fazemos, e o nosso conceito de cultura, é a interligação que queremos sempre criar com tudo o que fazemos com a comunidade. Tentar colocar assuntos em cima da mesa, ligar, de alguma maneira, o artista com a comunidade e a comunidade com o artista. Não só acrescentar algo à comunidade, mas acrescentar algo ao artista”, explica Tiago Ribeiro, da Indieror. O que é mais fácil num meio pequeno no interior do país. “É aqui que faz falta estarmos e é aqui que nos faz falta estarmos também.”

Mais acima, pela linha do interior, a Câmara de Moncorvo abriu, em 2007, a Escola Municipal Sabor Artes ao lado do cineteatro da vila para ensinar música, dança, artes plásticas e artes manuais à população do concelho e zonas limítrofes. A vontade de ser uma escola de artes de referência nacional persiste desde início, bem como a de perpetuar tradições musicais transmontanas. Ali aprende-se canto, ballet, dança clássica e contemporânea, pintura e desenho, formação musical e vários instrumentos. A escola tem um grupo de cavaquinhos, outro de gaita de foles, um coro adulto e infantil, e insiste em manter a tradição de organeiros com aulas a alunos que têm à disposição um raríssimo exemplar ibérico na igreja matriz.

A Escola Municipal Sabor Artes, em Moncorvo, recupera tradições transmontanas e ensina música, dança, canto, artes plásticas
(Foto: DR)

O recorde de inscrições da Sabor Artes, 170 alunos em 30 classes, foi atingido no ano letivo passado. “O que é muito bom porque o concelho perde população todos os anos”, repara Rui Rodrigues, diretor da escola de ensino livre que temporariamente está sem artes manuais, desde a saída da professora que se mudou para o litoral.

As paredes contam histórias do passado e do futuro

Na Covilhã, a arte encastra-se nas paredes para dinamizar zonas degradadas e promover espaços esquecidos. Em 2011, Lara Seixo Rodrigues, arquiteta nascida na Covilhã, o irmão e a cunhada juntaram-se numa “organização informal de cidadãos” e avançaram com o WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã, o primeiro do género no país, que este ano assinala dez anos com uma programação mais musculada, de 26 de junho a 4 de julho. Com residências artísticas de fotografia e desenho, a criação de uma banda sonora para um filme centenário sobre a cidade, um mural de uma dupla de artistas uruguaios inspirado nos 140 anos da primeira expedição científica feita à Serra da Estrela, exposições, conversas.

O WOOL é uma marca da cidade. “Todas as intervenções relacionam-se com o território, não só com o seu passado e a sua história, mas também com a natureza, com o futuro”, destaca Lara Seixo Rodrigues. Os artistas passam dois dias a conhecer a cidade, antes do trabalho, porque criar património identitário é uma responsabilidade.

Os 36 murais da Covilhã são um roteiro e os ecos do WOOL sentem-se em várias partes: há restaurantes e hotéis que se associaram ao projeto, há aquela senhora que agradeceu por agora ter companhia à janela, há taxistas que fazem visitas aos murais. O impacto é positivo. “Por trabalhar a identidade local, tem um impacto enorme.”

Identidade, diversidade, contacto com a diferença. Tudo importa. Em Cem Soldos, discute-se o envelhecimento e questões educativas, há fado e stand-up, cinema ao ar livre. “Nós somos Cem Soldos, somos isto, somos uma aldeia que se sente responsável pelo seu futuro coletivo”, define Miguel Atalaia. A 11.ª edição do Bons Sons acontece em agosto do próximo ano pela incerteza da evolução da pandemia e devido às obras de requalificação do largo da aldeia que vão arrancar. “Não há Bons Sons sem muita carolice, resistência, sem noites sem dormir. E isto só se faz com um serviço de missão.” É trabalho que se sente na pele. “Trabalhar cultura é um trabalho de humildade que não tem uma resposta fechada.”

Tiago Ribeiro, Marta da Costa e Diogo Martins, da Indieror
(Foto: Rui Manuel Ferreira/Global Imagens)

Em 2014, em Chaves, um grupo de amigos formalizava o bichinho de programar que bulia desde 2011. Nascia a Indieror para trabalhar em prol da comunidade de Trás-os-Montes. Diogo Martins, Tiago Ribeiro e Marta da Costa saíram para estudar, voltaram para trabalhar. Não foi fácil, ainda não o é. Apresentaram à cidade Válter Lobo e Glen Hansard, músico irlandês várias vezes premiado. Programam o centro cultural, em parceria com o município, têm programação própria, sobretudo na área do teatro, com artistas locais, promovem formação para jovens em canto, dança, representação, organizam o Festival N2 que vai para a terceira edição em agosto.

Em 2018, depois do envio de dois parágrafos e de um questionário extenso, o músico David Byrne inclui a Indieror na sua newsletter como uma das razões para a Humanidade estar feliz com o Mundo. De repente, a Indieror era referida no projeto “Reasons to be cheerfull” de Byrne e Chaves ganhava projeção.

“Queremos que aquilo que estamos a oferecer, independentemente do nosso contexto, tenha pertinência e um padrão de qualidade que não nos envergonharia em qualquer sítio do Mundo”, sublinha Diogo Martins. “Enquanto programadores culturais, temos a responsabilidade de utilizar a programação, e a forma de fazer cultura, como uma maneira de incentivar e promover a comunicação entre as várias vertentes da nossa comunidade, questionar o que é a nossa linha identitária e, por isso, tentamos fazê-lo com as pessoas”, acrescenta. Também por isso os artistas são convidados a ficar uma semana em Chaves, andar nas ruas, provar comidas, ir a escolas, conhecer pessoas. “Aquilo que temos, essa proximidade para conseguirmos chegar mais perto uns dos outros, e que muitas vezes achamos que nos limita, pode ser precisamente um fator diferenciador para que consigamos fazer coisas que os outros não conseguem. E não vamos a lado nenhum se não percebermos com a comunidade o que é necessário”, comenta Tiago Ribeiro.

Uma aula de circo em Lourosa. Por Hugo Oliveira, português, e Sage Bachtler, americana
(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

Hugo Oliveira estudou Teatro Físico em Bristol, Sage nasceu nos Estados Unidos e estudou na Austrália, conheceram-se em Itália, viveram em Londres. Em 2016 escolheram Lourosa para viver e trabalhar. As aulas na tenda começaram em 2019 e Hugo fala de um projeto comunitário bem-sucedido sem financiamento público – nunca apresentaram qualquer candidatura. O que vê acontecer diante dos seus olhos mostra-lhe que vale a pena. Aulas para os mais pequenos, aulas com pais e filhos, aulas para jovens que aprendem circo, adultos com vontade de criar uma companhia não profissional. “É fantástico. Os miúdos encontram-se, desenvolvem relações, arriscam, apoiam-se uns aos outros, desenvolvem a confiança, as capacidades físicas e intelectuais. Ganham consciência do seu corpo no espaço, ganham consciência dos outros, treina-se uma liberdade.” Um dos pontos fortes é a ideia de comunidade e essa consciência do corpo que abre horizontes, reforça a autoestima e a confiança. Traz felicidade.

Utopia, coragem, resiliência

A cultura ajuda a colocar territórios de baixa densidade no centro das atenções. Há vários exemplos. O Andanças, que começou em Évora, o Milhões de Festa em Barcelos, a Bienal de Vila Nova de Cerveira, o Boom Festival em Idanha-a-Nova, o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos. É, no entanto, um caminho com ziguezagues.

A distância entre Chaves e Lisboa é a mesma, mas, por vezes, não parece. Programar no interior tem as suas vicissitudes. As infraestruturas disponíveis, a dificuldade em convencer à participação, explicar que a cultura não é exclusiva de elites, e os apoios. “Os padrões financeiros são muito diferentes nestes locais, tudo está centralizado nos grandes centros urbanos e, portanto, temos de acrescentar a isso custos de produção, transportes, etc.”, refere Diogo Martins, da Indieror. “Trabalhar em cultura, neste país, para toda a gente é uma utopia e é um ato de coragem”, salienta. Mas a utopia transmontana não desarma. “A cultura tem um papel cada vez mais necessário, de nos tornar mais empáticos ao lugar do outro, de questionarmos coisas que damos como certas, coisas que nos podem custar a olhar.”

Lara Seixo Rodrigues garante que é preciso “uma dose de resiliência, de resistência e de luta permanente” para programar no interior. “É preciso um esforço enorme e um amor à camisola que noutros territórios talvez não haja necessidade de sentir e vestir da mesma maneira”, assinala. “O que nos alimenta é a comunidade, o impacto que sentimos que o nosso projeto tem na comunidade.” Esse orgulho da comunidade, que é o orgulho da cidade.

Miguel Atalaia reconhece a dificuldade de estar numa aldeia, há que “justificar a pertinência” do que se quer fazer para ter acesso a apoios. “Lutamos com esse problema de interioridade.”

Aldeia de Cem Soldos, Tomar, agosto de 2015. Mais um dia do Festival Bons Sons, que junta nomes consagrados e projetos emergentes da música portuguesa.
(Foto: Henrique da Cunha/Global Imagens)

A cultura não pode viver desconectada da comunidade e do território. Por isso, os projetos no interior são de “extrema relevância”, segundo Hugo Cruz, programador cultural, diretor artístico de projetos teatrais em construção com comunidades locais. São importantes porque fazem pensar, questionam, reinventam o território, permitem experimentar outros modos de estar, de ser, de fazer. Haja vontade de partilhar e de arriscar sem medos.

“O contexto rural pode ajudar a repensar a criação cultural”, frisa Hugo Cruz. A gerir o espaço com maior intimidade, a arriscar nas poéticas e nas estéticas, a reinventar espaços de criação, a cruzar estéticas distintas. E ainda, realça, “como as pessoas participam não só nos espaços, mas também na definição de políticas culturais do seu território, a perceber o que é importante fazer, por onde começar, o que é prioritário.” Para isso, a participação comunitária tem de ter qualidade e é preciso entender que a criação coletiva não é um processo tranquilo. “Os espaços comunitários não são oásis, não são filmes cor-de-rosa com final feliz. São lugares de diversidade, espaços de litígio, de comunidades que pensam criticamente e assumem confronto, e isso é democracia, e é isso que precisamos de aprofundar.” E ouvir, sempre. “Há um saber fazer ancestral muito ligado à terra que é muito importante resgatar e entender o que tem para nos ensinar nos dias de hoje”, observa Hugo Cruz, investigador e membro de uma plataforma de arte no espaço rural europeu.

Viseu e Guarda, território e cidadania

A cultura ajudou a colocar Viseu, o maior concelho do interior do país, no mapa. O aumento de dormidas de 125 mil em 2013 para mais de 300 mil em 2019 terá o seu dedo. Jorge Sobrado, vereador da Cultura durante três anos e meio, agora vereador não-executivo, fala num percurso feito não apenas pelo lado da animação, não focado só numa agenda, mas numa abordagem abrangente, num diálogo permanente entre o que está dentro e o que está fora e que potencia a criação e o talento. “A cultura tem um papel estruturante no próprio pensamento do território e na conceção de cidadania.” E não há aqui ingenuidade ou romantismo.

“As indústrias criativas fomentam uma cultura de inovação e de criatividade na própria cidade que tem reflexos múltiplos não apenas na programação cultural, mas na atividade económica, no comércio, na regeneração urbana, no turismo”, afirma. “A criação de talento artístico tem um papel transformador no tecido económico e social da cidade.”

O WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã é o primeiro do género a nascer no país
(Foto: DR)

Viseu quis ser um destino cultural e intervir em camadas mais profundas. Abriu uma incubadora no centro histórico, lançou um programa de financiamento para apoiar a criação artística, revitalizar a cultura imaterial e popular, animar e preservar o património cultural. E o marketing do território colocou o talento artístico em primeiro plano, o merchandising centrou-se na cerâmica, na ilustração, nas artes locais.

Guarda, cidade-sede de distrito, com 42 freguesias rurais, prepara a candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, que envolve os 15 municípios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela mais Foz Coa e Aguiar da Beira. Uma forma de criar condições para o desenvolvimento artístico, cultural, social e económico, e também uma maneira de pensar o futuro do interior. “Quem somos? Que heranças guardamos? Em que nos distinguimos? Que apelos queremos deixar para habitantes e visitantes?” Estas são as perguntas que servem de ponto de partida para mostrar que a cultura é também uma forma de contrariar a desertificação e corrigir assimetrias.

Vítor Amaral, vereador da Cultura da Câmara da Guarda, fala de um projeto de todos e para todos, uma vontade coletiva de 17 municípios, um apelo do interior. “A cultura é claramente um dos eixos de resiliência dos territórios, sejam do interior, sejam do litoral. Nos territórios de baixa densidade, temos um desafio entre o estigma da interioridade e a resiliência da nossa afirmação de olhar a cultura vinculada à educação, ao património material e imaterial, à economia, à criação de emprego, ao turismo”, detalha. O orçamento municipal para a cultura tem aumentado, Guarda tem atividade regular no teatro municipal, atividades na biblioteca e no museu, e o Centro Internacional de Dramaturgia começa o trabalho em junho.

O WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã tem já 36 murais inspirados no património identitário da cidade, sobretudo na indústria de lanifícios
(Foto: DR)

De 3 a 11 de julho, os Jardins Efémeros estão de volta a Viseu para despertar e mostrar outras formas artísticas que, este ano, se concentram no Parque Aquilino Ribeiro, devido à pandemia. Jorge Sobrado acredita que quando se constroem pontes que congregam vontades, e quando há total liberdade artística, os territórios e suas comunidades ganham a vários níveis. “É um lastro que remete para uma psicologia social, a possibilidade de fazer, a capacidade de realizar.” As marcas notam-se, o lastro fica. “A criação, a liberdade, a inovação podem ser realidades de carne e osso. É preciso construir um caminho cultural sem amarras, sem um diretório de gostos”, defende.

“Projetar o território é olhar para a cultura”, diz Vítor Amaral que considera que esta área “não tem sido, muitas vezes, suficientemente valorizada”. Em seu entender, é necessário ir além do “desenvolvimento assistencialista”, da oferta pela oferta. A cultura deve envolver as comunidades nessa interação de como se pensa e do que se quer para o território. “A cultura é um agregador de vontades e não pode ser vista como um gasto efémero e desnecessário.”

Na escola de artes de Moncorvo, as mensalidades são simbólicas, a atividade concentra-se de quarta-feira a sábado, há workshops com profissionais de referência nacional e internacional. O trabalho feito ali acaba por ser uma extensão da oferta cultural da vila. Rui Rodrigues sabe a importância de uma escola assim no interior do país e enfatiza a “versatilidade”, os “professores de excelência”, a “grande garra de ensinar”, a “qualidade das aulas e dos projetos.” Ali mostra-se que há oportunidades para aprender artes, a comunidade reconhece esse papel, e a localização geográfica pode ser um simples pormenor. “É mesmo importante haver este tipo de projetos, as pessoas estão juntas, as pessoas aprendem.”

O WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã conta com visitas guiadas
(Foto: DR)

Na Covilhã, contam-se 122 intervenções artísticas de 46 artistas portugueses e 23 estrangeiros. Lara prepara o próximo WOOL e continua em Figueiró dos Vinhos, terra que o pintor José Malhoa escolheu para viver, com o “Fazunchar” que, desde 2019, transforma a vila num palco de produção artística com murais, residências musicais, workshops, ações comunitárias. Com as camadas que a cultura merece, com amor à camisola e mangas arregaçadas.