12 pessoas entram num barco (e é o início da Greenpeace)

Rumo à ilha do Alasca. À esquerda, Bob Hunter, um dos fundadores da Greenpeace. À direita, Ben Metcalfe, também fundador da Organização Não Governamental que não pára de denunciar crimes contra a Natureza em várias partes do Planeta

A 15 de setembro de 1971, há 50 anos, 12 ecologistas, hippies e jornalistas, metem-se num barco de pesca alugado, rumo ao Ártico, para protestarem contra os testes nucleares que os Estados Unidos andavam a fazer numa ilha do Alasca, Amchitka.

Os 12 ativistas não chegam ao destino, o mau tempo não deixa, mas a ousadia e a determinação atraem os holofotes do Mundo. O assunto entra na agenda mediática internacional e a pressão popular leva à suspensão dos testes. E nada ficaria como dantes.

A ilha do Alasca foi, mais tarde, declarada santuário de pássaros e o barco batizado de Greenpeace – palavra que surgiu da junção de Green e Peace para caber nos crachás que os ativistas levavam ao peito. Os 12 aventureiros foram a semente da Greenpeace, uma das mais importantes e respeitadas Organizações Não Governamentais dedicadas ao ambiente. Nasceu em Vancouver, no Canadá, a sede está hoje em Amesterdão, tem presença em mais de 55 países, conta com mais 2,8 milhões de apoiantes.

As suas ações denunciam crimes contra a Natureza e causam impacto planetário pela essência e pela forma de estar sem recurso à violência. A proibição de exportar lixos tóxicos para países menos desenvolvidos é uma das conquistas. A luta continua pela proteção das florestas, dos oceanos, do clima. Por um Mundo mais verde e mais pacífico. Greenpeace: a fazer história, para sempre na História.

15 de setembro de 1971. Um barco de pesca parte de Vancouver, Canadá, para tentar impedir os testes nucleares na ilha de Amchitka, no Alasca. A bordo, 12 ativistas, os pioneiros de um movimento que se viria a chamar Greenpeace. Na fotografia, Terry Simmons com o dedo apontado e Ben Metcalfe refletido no espelho. O registo fotográfico da viagem é de Robert Keziere
Na embarcação de pesca, Ben Metcalfe ao comando do rádio e Jim Bohlen na janela
Bob Hunter regista os acontecimentos da viagem e da aventura numa máquina de escrever