A tendência não é de agora, mas é certo que “vai haver uma febre de xadrez na próxima estação”, afirma o stylist Mário de Carvalho, entusiasmado com as várias opções que a moda lhe oferece. Até porque “tudo é permitido”, garante, acrescentando que “o xadrez é muito versátil”, pois não se limita apenas a um tipo de padrão, se bem que “o tartã (ou escocês) continue a ser muito usado”. Por isso, o profissional avisa que voltar-se-á a ver “muitos homens vestidos com kilt”, assim como as saias às pregas, à imagem das colegiais, que vão vestir o público feminino.
Também importado de terras escocesas é o clássico xadrez príncipe de Gales, que herdou o nome de Eduardo, o monarca que o popularizou. Reproduzido em cores mais sóbrias, é muito comum na alfaiataria, dando forma a blazers para ambos os sexos. No entanto, Mário de Carvalho nota que também pode ser visto em versões reinventadas e até em roupa desportiva. “Adoro ver pormenores de xadrez misturados”, confessa, assumindo um gosto espelhado nos visuais que assina.
Em preto e branco, o “pied de poule” também está em alta, quer num estilo formal como em versões mais descontraídas e atrevidas q.b. “Tem muito a ver com o que a pessoa pretende e a ocasião”, aponta o produtor de moda ouvido pela NM, despertando a ousadia individual, “sem medo de exagerar”.
O universo masculino foca-se sobretudo nas camisas em xadrez que remetem para os cowboys do velho oeste, mas há também casacos e acessórios com o padrão em voga. Combinam-se com ganga ou peças em cabedal. Também há calçado com motivos axadrezados, sendo o “checkerboard”, à imagem dos tabuleiros de xadrez, mais visto em sapatilhas como as Vans que agradam a graúdos e miúdos.
Para os mais discretos, um lenço ou cachecol axadrezados rematam o look, com um toque elegante e que os põe em jogo sem chamar muito a atenção.