Os vinhos verdes brancos podem ser companhia ideal para o verão. Trazem referências inesperadas, aumentam o prazer de uma refeição e são ricos em histórias.
“Os vinhos verdes brancos são vinhos cheios de garra.” A definição é de Paulo Pimenta, dinamizador do site “Wine & Stuff”, que elogia as características desta especialidade exclusiva de Portugal: “Apresentam uma grande plasticidade à mesa, ligando-se bem com qualquer tipo de comida, inclusive algumas carnes. Quem o bebe, sente aromas ligados à pedra molhada, além de outras referências surpreendentes”.
Carlos Janeiro, enófilo e criador do blogue “Comer, Beber e Lazer”, é igualmente admirador de verde branco. “Na boca é um vinho de perfil mais seco e leve, com fruta bem distinta, sem madeira e equilibrado no geral.” Deve ser apresentado sempre a “uma temperatura entre os 10 e os 12 graus”, caso contrário, se mais gelado, acaba por “quase parecer água gelada, perdendo-se o prazer do desfrute”.
Carlos Janeiro e Paulo Pimenta foram mais longe e deixaram algumas sugestões com selo de qualidade, que podem ser vistas na galeria abaixo.
Com Região Demarcada estabelecida desde 1908, os verdes são produzidos na região de Entre o Douro e Minho através de cinco castas – Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Arinto e Avesso. Resultam, também, em espumantes, aguardentes e, até, em vinagres. A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes revelou recentemente que, devido ao encerramento de restaurantes e hotéis motivado pela covid-19, pela primeira vez desde 2004 a exportação de vinho verde está em queda.