Longe vão os tempos em que os suspensórios eram usados com o único propósito de segurar as calças, sendo agora vistos como acessório de moda que se impõe como tendência. Assim reconhece Antónia Praça que, nas lojas Prassa, no Porto, veste homens de todos os estilos. “E quando sugerimos suspensórios, nenhum nega, pois o visual fica logo diferente”, afirma, notando que tanto serve “looks mais casuais como de cerimónia”.
Quando a crise pandémica se instalou, Antónia tinha mandado fazer suspensórios exclusivos num fornecedor espanhol e que agora estão à venda “para todos os gostos”. Há sugestões sem ou com padrões, desde xadrez, pintas, riscas ou flores, em variadas cores, podendo combinar com camisa ou até t-shirt para uma versão “mais rebelde”. Também se usam a jogar com os laços que alguns gostam de exibir ao pescoço. “Mas não faz muito sentido com gravata”, alerta a especialista em moda masculina.
Habituada a criar coordenados da cabeça aos pés, Antónia Praça apostou em pormenores em pele que fazem pendant com os sapatos em camel que, nesta temporada, estão entre os preferidos dos homens. A maioria defende a dispensa de cinto, deixando as presilhas das calças livres.
Existem dois modelos de suspensórios: com presilhas metálicas (chamados clip on) e com botão. Os primeiros podem ser usados com qualquer tipo de calça, permitindo variar com mais facilidade, enquanto os outros são usados com peças que possuam casas para os botões. Nas suas formas mais básicas, podem também ser em Y ou X, sendo que em X garantem mais suporte. De resto, devem ficar à altura do tronco, nem muito justos, nem muito largos, ajustados em prol do conforto sempre desejado.
A escolha deve respeitar a personalidade, até porque não passará despercebida, mas é permitido ousar. Basta saber aplicar com elegância.
