Sarkozy não é o primeiro presidente no banco dos réus

Nicolas Sarkozy foi presidente de França entre 2007 e 2012 (Foto: Bertrand Guay/AFP)

Sarkozy começou a ser julgado esta semana. Não é a primeira vez que um ex-presidente de um país europeu se senta no banco dos réus.

10 anos
é a pena máxima suspensa a que Nicolas Sarkozy pode ser condenado, caso seja considerado culpado dos crimes de que está acusado.

História pela negativa
Nicolas Sarkozy, presidente de França entre 2007 e 2012, entra na História como o primeiro ex-chefe de Estado gaulês julgado por corrupção e tráfico de influências. O julgamento, que teve início na segunda-feira, foi adiado depois de o juiz atender a um pedido de um outro arguido, que alegou problemas de saúde. Sarkozy espera outro julgamento, em 2021, por financiamento ilegal da campanha eleitoral para as presidenciais de 2012.

Escândalo na Alemanha
Christian Wulff ocupou o cargo de presidente da Alemanha, de 2010 a 2012. Renunciou após virem a lume suspeitas de irregularidades praticadas quando fora governador da Baixa Saxónia. O tribunal absolveu-o por falta de provas.

Alta traição
Viktor Yanukovich foi condenado, em 2019, a 13 anos de prisão por alta traição e cumplicidade com a agressão militar da Rússia à Ucrânia, país de que foi presidente de 2010 a 2014. Exilado em Moscovo, não compareceu no julgamento.

Crimes contra a Humanidade
Suspeito de crimes contra a Humanidade durante a fratricida guerra civil jugoslava, o sérvio Slobodan Milosevic, presidente da Jugoslávia de 1997 a 2000, sentou-se, em 2002, perante um tribunal. Morreu na prisão sem conhecer a sentença.

Fiança de 3,3 milhões
Robert Kocharyan, chefe de Estado da Arménia de 1998 a 2008, foi detido em 2018 por perturbação da ordem constitucional. Preso preventivamente, acabou por ser libertado em junho último, após pagar uma fiança de 3,3 milhões de euros.

“A ata de acusação é totalmente desprovida de fundamento. Declaro-me não culpado de todas as acusações”
Hashim Thaçi
Ex-presidente do Kosovo, suspeito de crimes de guerra