Quer saber o que as mulheres não suportam na cama? A psicóloga e coacher sexual Cristina Mira Santos conta tudo.
QUE NÃO AS ESTIMULEM COMO ELAS GOSTAM
Pode ter a ver com a falta de jeito deles, com certos odores do parceiro, com a vergonha de elas próprias dizerem o que as satisfaz. “A maioria dos homens desconhece ainda a estrutura do corpo feminino, pelo que os movimentos que usam estão associados àquilo de que gostam neles”, aponta Cristina Mira Santos, considerando ser essa a razão por que usam força a mais, preliminares a menos e esquecem a regra fundamental de estimular de cima para baixo.
QUE LHES PERGUNTEM SE ESTÃO A GOSTAR
Um encontro íntimo com alguém é um momento de muita vulnerabilidade, porém há coisas que não é necessário perguntar ao outro: basta ver. “Nos homens acontece com bastante frequência, como se precisassem que a mulher lhes esteja constantemente a validar a performance e até o tamanho do pénis”, explica a especialista. Também porque elas se exprimem muito mais internamente do que eles, o que os preocupa.
QUE AS COMPAREM COM OUTRAS
Comparações têm tudo para dar asneira, nomeadamente esta em particular, avisa Cristina. “Durante o ato em si eles não costumam ter fôlego para comparar seja o que for, o problema está no antes e no depois: tentam dizer alguma coisa e, desajeitados como são, aquilo corre mal.” Se querem realmente falar de algo, que comecem pelo início e perguntem à parceira como gosta de ser estimulada, em vez de a deixarem insegura.
QUE ADORMEÇAM LOGO A SEGUIR
Sim, o sexo liberta tensão e é muitas vezes feito à noite, após um dia extenuante de trabalho. E sim, a mulher também nem sempre fica enérgica ao terminar. “Mas mesmo que a seguir não lhe apeteça ir arrumar a roupa espalhada, espera pelo menos que o outro não adormeça automaticamente”, sublinha a psicóloga, considerando que tal pode ser, em alguns casos, uma fuga à intimidade depois do ato.
QUE NÃO TIREM AS MEIAS
Já aconteceu a todas as mulheres. A todas mesmo, garante Cristina, para quem esta queixa devia vir logo em primeiro por se tratar de um clássico: os homens despem tudo, tiram as cuecas e deixam as peúgas. “Se ainda tiverem o Snoopy, a malta sempre se entretém. Agora se forem daquelas brancas desportivas, grossas, com raquetes, está o caldo entornado.”
QUE INSISTAM EM FRASES LASCIVAS
Até podem resultar se a mulher estiver recetiva e surgirem no timing e na dose certos, caso contrário será o fim. “Ou ela está ativada e lhe apetece ser lasciva por si, ou uma frase que soe a filme porno série B pode arruinar aquele momento e outras coisas mais na relação”, alerta a coacher sexual.
QUE LHES TROQUEM O NOME
Este é outro ponto que dispensa comentários, embora muito pior que o das meias. “Corta qualquer coisa, está tudo estragado. É o cúmulo”, confirma a psicóloga. Curiosamente, diz, nenhuma mulher se irrita que eles estejam a pensar noutra coisa se se tratar de trabalho ou outras preocupações – mesmo que isso conduza a disfunções sexuais. “Já quando chegam ao ponto de trocar os nomes…”
QUE LHES EMPURREM A CABEÇA
E lhes puxem os cabelos na investida, como se elas não soubessem fazer sexo oral sem a pressão acrescida. “De tudo o que dissemos, é capaz de ser isto o mais difícil de aceitar e integrar no ato – é preciso a mulher estar muito no auge para deixar de ser importante quem puxa ou empurra quem”, explica. Em caso de dúvida ou resistência, é melhor não fazer. “Prende-se com questões culturais antigas, muito inculcadas. Forçar só vai fazê-las falharem completamente a sua entrega.”
QUE LHES RASGUEM A LINGERIE
É um facto: manobras violentas deste género só resultam nos filmes. Na vida real, além de as peças de lingerie serem caras, a mulher está muitas vezes a estreá-las pela primeira vez naquela ocasião especial, pelo que é natural que fique fula se lhas estragarem. “É importante ensinar os homens a perceber o toque dos diferentes materiais – cetim, renda, seda – e a sentir a pele da companheira no meio disto tudo”, sublinha.
QUE LHES CRITIQUEM OU IGNOREM O PEITO
Dizer a uma mulher que o peito dela não parece verdadeiro ou é o mais pequeno que já viu tem tudo para correr mal, mesmo se o homem fizer o comentário em jeito carinhoso. “É como chamarem-nos barriguitas: para eles é fofo, para nós um sinal de que estamos gordas”, traduz a psicóloga.