RTP ao ataque
Na RTP3, o programa “Trio D’Ataque” é para manter. Num claro recado à concorrência, a Direção de Informação do canal, liderada por António José Teixeira, garantiu que na RTP não há “representantes dos clubes”, “programas ruidosos e comprometidos” ou “comentadores tóxicos”.
1,7%
O share da SIC Notícias entre as 22 e as 23 horas da última segunda-feira, dia 27 julho, durante a primeira hora do derradeiro programa “O Dia Seguinte” (um dos dois que foram descontinuados pela estação). Dados cedidos à “Notícias Magazine” pela consultora GfK.
5 000 euros
é o valor mínimo (bruto) pago mensalmente a cada comentador dos três grandes pelos canais privados de televisão. Ao que a NM apurou, o valor na RTP ronda os 2 000 euros (brutos) mensais.
“Esse ambiente de toxicidade que se foi criando à volta deste tipo de programas, e para o qual contribuem muito os próprios clubes e as suas máquinas de comunicação, coloca-nos perante uma situação em que chegou a altura de terminar este tipo de programas”
Ricardo Costa
Diretor de Informação da Impresa
Eduardo Barroso bate com a porta
Em outubro de 2015, depois de semanas de picardias com Pedro Guerra, polémico adepto do Benfica, Eduardo Barroso, médico afeto ao Sporting, abandonou em direto o programa “Prolongamento”, da TVI 24. “Não consigo encarar mais esta indignidade”, disse então.
Tudo começou com “Os Donos da Bola”
O primeiro vislumbre do formato surgiu em Portugal em outubro de 1992, quando a SIC lançou “Os Donos da Bola”. A primeira emissão juntou os presidentes de F. C. Porto e Sporting (Pinto da Costa e Sousa Cintra) e Gaspar Ramos, em representação de Jorge de Brito, líder do Benfica, mas os protagonistas mostraram-se indisponíveis para repetir. Três anos depois, a RTP2 lançou o programa “Jogo Falado”, com comentadores residentes afetos aos três grandes. Muitos outros se seguiriam.