
Que 2020 tem sido um ano atípico, todos sabemos. Que a nova realidade motivada pela pandemia de covid-19 trouxe novas rotinas ao quotidiano, também. Que palavras antes raras são hoje vulgares no vocabulário comum, idem aspas. Pedilúvio é uma delas. Sim, esse lava-pés que ajuda a dissipar possíveis contaminações indesejadas tornou-se frequente na paisagem habitual dos dias que correm. Pequeno, é verdade, mas eficaz o suficiente para que se tenha tornado indispensável.
Como os pés podem ser fonte de transmissão do novo coronavírus, os pedilúvios transformaram-se na mais prática das formas de evitar o contágio por tal via. São tapetes removíveis em aço inox, utilizados para desinfetar o calçado, cuja venda se multiplicou nos últimos meses. Divididos em dois, numa das partes é mergulhado o calçado em líquido desinfetante, na outra são removidos os excessos.
Em Portugal, tal como em muitos outros países, várias empresas passaram a apostar na produção em massa desse objeto, que pode ser encontrado no mercado a preços que não superam os 100 euros.
O pedilúvio é também primordial para prevenir doenças em várias espécies animais, nomeadamente no gado. Tal como nos humanos, o sistema é simples: um recipiente para mergulhar as patas em desinfetante, outro para as secar. Os veterinários confiam que se trata de uma solução que ajuda a combater problemas de locomoção provocados pelo desgaste dos cascos, os quais, em caso de lesão, comprometem a saúde dos bovinos, podendo mesmo implicar problemas tão diversos como do foro digestivo ou ao nível reprodutivo.