8 passos simples que podem salvar uma relação

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É ponto assente: por muito que o casal se ame, por mais que exista vontade e entendimento, qualquer relação amorosa tem as suas crises. O problema surge quando elas se tornam sérias a um ponto em que parece já não haver retorno. E é aqui que entram estes conselhos simples, mas bastante eficazes. Quem diz que não podem ser a tábua de salvação?

COMUNIQUE

«Em pleno século XXI, há pessoas que têm medo de dizer o que pensam e sentem ao companheiro. Isto é grave», alerta a mediadora familiar Margarida Vieitez, aconselhando os casais a dizerem sempre o que lhes vai na alma, com franqueza e serenidade. Guardar ressentimentos para si não só não resolve o que quer que seja, como tem sempre tendência para piorar. «Atendendo a que são seres distintos, com personalidades, costumes e valores diferentes, é necessário tempo e vontade para aprenderem a ver o mundo em conjunto», diz.

NÃO SE AFASTE

Primeiro vem a parte de sentir-se magoado. Depois o afastar-se do parceiro. Depois o silêncio, um acumular de problemas que geram ainda mais mágoa e, às tantas, o círculo vicioso instala-se definitivamente e torna-se cada vez mais difícil conseguir sair dele. Antes que a situação seja irremediável, merece a pena ouvir aquilo que o outro tem para dizer antes de ser reativo, a achar que é o único detentor da verdade (isso não existe). Tente aproximar-se antes de rejeitar: o mais certo é o parceiro sentir-se igualmente incompreendido e fragilizado, pelo que pode ser este o passo que faltava para voltar a fazer a ponte entre os dois.

INVISTA EM PEQUENOS GESTOS

Não precisa de ser nada espaventoso, desde que demonstre vontade de estimular a intimidade e o carinho entre os dois. Pode ser um post-it colado num sítio estratégico, uma mensagem a saber como corre o dia, um bombom deixado sobre o livro que o outro está a ler. Um ramo de flores oferecido sem razão aparente. «Existem mil e uma formas de sermos especialmente amáveis para alguém que amamos, e isso faz-nos tocar a alma do outro», explica Eduardo Sá.

LEMBRE-SE DO INÍCIO

Recorda-se das muitas qualidades que viu nele/a quando se conheceram, de tal modo que se apaixonaram e acabaram a viver juntos? Ainda pensam nisso, sequer? Ou já estão numa fase em que tendem a exaltar apenas os defeitos, as críticas e as queixas? Se calhar, nesta fase de maior desgaste, seria importante falarem desses tempos iniciais da relação e perceberem o que mudou entretanto. Às tantas, são só os seus olhos…

MUDE TAMBÉM

É muito fácil apontar o dedo ao outro quando há tantas atitudes que nos agastam, porém uma relação pressupõe a existência de duas pessoas. E de culpas também atribuíveis a ambas (se é que se pode falar em culpa), já que foram as atitudes de uma e outra que fizeram a relação chegar ao atual estado de incerteza. São boas razões pelas quais convém parar para refletir na união como um todo, assumir os seus próprios erros e mudar alguns comportamentos.

SAIA DA ROTINA

Há quanto tempo não vão ao cinema, dar um passeio, jantar ao japonês (ou mesmo tudo isto em sequência?). Quando foi a última vez que lhe levou o pequeno-almoço à cama só porque sim? Ou fizeram uma escapadinha de fim de semana? Para os especialistas em relações, é importante abrir espaço para momentos só vossos de modo a tentarem reencontrar o sentido de permanecer a dois. Por isso talvez esteja na altura de tentarem a tal viagem que de que andam a falar há meses e parece estar enguiçada.

MANTENHA O FOCO

Isto inclui perceber até que ponto vale a pena continuar a lutar pela relação, se existe salvação possível e se é algo que ambos desejam que aconteça – e em que moldes. Mais uma vez, conversem: não há como o diálogo para descobrir se aquele amor que era para sempre acabou ou ainda existe uma hipótese. Acima de tudo, não se isole nem viva ansioso, atormentado ou agressivo, o que nos leva ao ponto seguinte.

PROCURE AJUDA

A partir do momento em que parecem já não conseguir resolver sozinhos as crises do dia-a-dia, fazer terapia com especialistas em aconselhamento de casal pode impedir que deitem tudo a perder. O ideal é procurar ajuda numa fase em que a relação ainda tenha viabilidade, sem ignorar os indícios e muito menos esperar pelos últimos suspiros. E, claro, estarem cientes de que ambos têm de estar verdadeiramente dispostos a mudar para fazerem com que o vínculo resulte.