Para cada rosto, um par de óculos

As linhas do rosto traçam a sua forma e um par de óculos não deve ser escolhido por impulso ou ao acaso. “Os óculos usam-se no rosto que é o nosso primeiro cartão de visita”, lembra Vera Velosa, licenciada em Sociologia, consultora de imagem na Óptica 13, negócio familiar, na Parede, Cascais. O formato da cara e a largura do nariz são elementos importantes na escolha.

Primeiro, a parte técnica, o tipo de lentes que se tem de comprar, unifocais, bifocais, multifocais. “É a primeira coisa. Os óculos têm uma função e a técnica tem de estar aliada ao resto.” Devem acompanhar as sobrancelhas, sobretudo os graduados, os de sol podem ficar mais acima para proteger dos raios do astro-rei, e a parte da armação deve terminar no limite das olheiras.

A regra é equilibrar, é a chave para conjugar o rosto com um par de óculos. E esse equilíbrio é alcançado pelo seu contrário. Ou seja, um rosto redondo não aguenta óculos redondos, mas sim quadrados. Caras quadradas pedem óculos redondos, maiores ou mais pequenos, alguns com formato de pera em massa. “Uma cara oval comporta todo o tipo de modelos, um rosto retangular fica melhor com óculos mais arredondados”, garante Vera Velosa. Uma cara mais hexagonal pede óculos borboleta quadrados de metal. Rosto em forma de coração fica bem com armação quadrada.

Com tanta variedade, tanta oferta, tantos preços, o melhor é testar. “Tudo passa por experimentar”, sublinha a consultora de imagem. Para ter noção de como assentam os óculos, para evitar que a armação escorregue do nariz, e seja um incómodo permanente, ou fique demasiado apertada e deixe marcas. “As medidas da armação são fundamentais”, insiste.

E há ainda as cores. Um rosto mais branco e pálido não fica bem com armações escuras, uma cara morena aguenta mais diversidade em termos de tonalidades. Neste momento, há um teste para encontrar os tons que mais favorecem cada cara que cruza fatores como as cores do cabelo, do vestuário e até da maquilhagem e das joias que se usam. Uma paleta de cores quentes e frias, luminosas e mate, claras e escuras. Uma técnica que analisa o formato do rosto e aconselha a forma de aros mais adequada, bem como o estilo mais condizente, e, claro está, a cor apropriada. Cada cara é uma cara.