O computador pode ser uma janela aberta para o perigo

Mais do que um computador de última geração, o importante é ter alguns cuidados

O teletrabalho é cenário habitual em casa de muitos portugueses nos tempos que correm. Os computadores pessoais transformaram-se em máquinas de atividade intensa e os perigos multiplicaram-se. “A situação foi repentina e não houve possibilidade de as empresas prepararem convenientemente os portáteis domésticos dos funcionários para tamanha massificação de uso. Daí que muitos dados possam estar em risco”, alerta Bruno Fonseca, especialista informático e criador do site “Leak”.

Não interessa a velocidade e a capacidade – “qualquer computador está apto para teletrabalho”, garante Bruno Fonseca -, o perigo vem das redes utilizadas e do tipo de proteção (ou falta dela). “Os antivírus que temos em casa são menos fortes do que os usados empresarialmente, logo a confidencialidade fica mais exposta e as hipóteses de alguém estranho poder espiar o que fazemos torna-se elevada”, exemplifica.

Por isso, mais do que um computador de última geração, o importante é ter alguns cuidados. Partilhar ficheiros, “mesmo que com o melhor amigo”, é algo que deve ser sempre pensado como último recurso e as credenciais de acesso, essas, “jamais poderão ser passadas seja a quem for, nem que por motivos ligados à atividade laboral”.

Para que o teletrabalho tenha mais eficácia, fica a dica deixada por Bruno Carvalho: “Utilizar ligação por cabo permite velocidade superior, assim como maior proximidade ao router no caso de se optar pelo normal wi-fi”.