O cabelo não tem de ser um pandemónio

Os especialistas garantem que as tintas de supermercado não são boas opções

As queixas são transversais e quase gerais. Aos muitos “ais” a que o confinamento obriga vai-se juntando o “olha o estado do meu cabelo”. Eles queixam-se que está grande e incomoda. Elas, fios secos, pontas espigadas, a cor das raízes a aparecer. Com os barbeiros e os cabeleireiros fechados, o que se pode fazer?

Para Joaquim Guerra, cabeleireiro do Porto, o essencial é não estragar. “Os homens, se tiverem uma máquina, podem sempre aparar, mas o ideal é não mexer muito. Podem ainda comprar vitaminas nas farmácias. Além disso, aconselho-os a relaxar. O stresse manifesta-se no couro cabeludo e provoca queda.” No caso das mulheres, assegura o especialista, “este pode ser um tempo mais crítico para a autoestima”. E é por isso que alerta: “Convém não ceder às tintas do supermercado”. São tintas que “vão dar cabo do cabelo, deixá-lo ressequido, e depois será mais difícil tratá-lo”. Por isso, sugere que este tempo seja usado para nutrir os fios. “Basta lavar o cabelo com um bom champô e colocar uma boa máscara. Deixar atuar dez a 15 minutos, enrolando a cabeça numa toalha quente espremida. É suficiente para o cabelo absorver as vitaminas e ficar mais sedoso e brilhante.”

Joaquim Guerra

As dicas de Matt, proprietário da Lisbaeta, na capital, vão no mesmo sentido. Este tempo deve ser utilizado para “hidratar, reparar e nutrir”. Para isso, aconselha um ritual que passa por lavar o cabelo duas a três vezes a semana. Dessas, “usar champô e condicionador uma ou duas vezes”. E apenas uma vez por semana usar todas as armas. Ou seja, champô, máscara e condicionador. O segredo de beleza está na ordem desse processo. “Uma vez que o condicionador fecha a cutícula do cabelo, passá-lo a seguir à máscara vai permitir fechar o fio, reter e fixar ainda mais as proteínas e ceramidas.”

Matt

De resto, é esperar. Tanto Joaquim Guerra como Matt, sabendo que por vezes quem espera desespera, mostram-se disponíveis para tirar dúvidas nas respetivas páginas nas redes sociais, enquanto aguardam que os seus salões reabram portas.