Fernando Lima, 57 anos, é o proprietário, juntamente com o irmão, desta loja de decoração, design de interiores e organização de eventos com 17 anos. A montra alberga pequenos universos cuidadosamente planeados, entre cascatas e vários andares com inúmeras figuras protagonizando cenas típicas da temporada de festas e romarias que toma conta do país quando não há pandemia.
Ao fundo do estabelecimento encontra-se, por detrás de uma espessa cortina vermelha, o ateliê onde Fernando Lima concebe estes universos. Os elementos da cultura portuguesa são um recurso comum nas suas obras, e para o perceber basta olhar em volta: das paredes fitam galos de Barcelos e cabeçudos típicos do Carnaval, e há um icónico vestido de noiva inspirado no traje tradicional de Viana.
Gosta de fazer roupa, passou pela Escola de Moda do Porto, e trabalhou durante vários anos a fazer montras, mas nem a designação de estilista nem a de vitrinista lhe agradam – acha-as redutoras. Habitualmente, apresenta-se como decorador, mas diz gostar de tudo o que se possa fazer com as mãos. “Sou um criativo, faço o que me apetece. Desde que meta uma coisa na cabeça.”
