Moda: em jogo de basquetebol, fora do campo

É um dos motes da moda para esta estação: dominar o drible e bola para a frente em busca do desejado cesto. Neste caso, de um visual com impacto, embalado pelo universo do basquetebol. Há muito que os jogos da NBA somam fãs no Mundo, lançando também estilo entre os mais arrojados. Recentemente, a série “The Last Dance”, na Netflix, sobre a trajetória vitoriosa dos Chicago Bulls e a ascensão de Michael Jordan, acrescentou pontos à tendência, recuperando visuais que remetem para a emoção do desporto inventado em 1891.

É como um regresso aos anos 1990, quando a magia do basquetebol também saiu às ruas através do vestuário. Hoje, fora dos campos de básquete, “sportswear e streewear combinam-se, vendo-se roupa muito ‘baggy’ [folgada] e tamanhos oversize, a par da cada vez mais notória extinção de género”, aponta o stylist Mário de Carvalho. A maioria das peças são unissexo e as cores das equipas pintam as propostas.

Mário é um fã desta tendência e não tem dúvidas em ditar coordenados. Por isso sugere um “look totalmente preto com uma camisola de basquetebol por cima”. “As camisolas das equipas também se podem usar como vestido, opção a que recorre, muitas vezes, a cantora Rihanna. Pode combinar com uns stilettos ou umas botas Dr. Martens, num resultado mais chique ou completamente desportivo”, acrescenta. As bermudas largas estão igualmente em alta e entram na equação em escolhas mais confortáveis.

As mulheres entraram no jogo, mas os homens competem na área com hoodies, t-shirts, ou usando os bonés tão característicos. A par das sapatilhas, com as Air Jordan da Nike a marcarem pontos na lista de preferências. Não fossem elas uma homenagem a uma das alcunhas de Michael Jordan.

Algumas marcas apostam em peças assumidamente alusivas à modalidade, para ambos os sexos e públicos com atitude. Sem regras pois, segundo Mário de Carvalho, a tática passa por “colocar tudo em cima da mesa e jogar com o que temos à mão” para grandes afundanços nos desafios do quotidiano.