Tesoura, linha e cola quente à mão aliam-se para, em cima da hora, criar a fantasia certa rumo ao Carnaval. Reutilização e criatividade são as chaves para brilhar.
“O que é preciso é vontade e imaginação” ao escolher a melhor fantasia para o Carnaval. Assim garante Cláudia Andrade, a proprietária do ateliê Riera Alta, no Porto, que criou algumas propostas a partir de roupa usada para mostrar como é fácil, até porque “tudo é permitido”.
Frida Kahlo está entre os trajes mais vistos este ano. “Basta vestir uma t-shirt colorida e uma saia rosada, colocar um xaile e colares. No cabelo, uma bandolete com flores compõe o visual”, descreve Cláudia, detalhando
como se faz o acessório para a cabeça: “Pega-se numa bandolete normal e forra-se com fitas compridas, deixando as pontas soltas e aplicando depois flores com cola quente. Se tiver jardim, como é por poucas horas, também pode usar flores naturais”.
Com uma camisola vermelha e umas leggings pretas estão lançados os dados para sair à rua em versão morango. E também é simples. “Bocados de feltro preto cosidos na parte da frente da camisola dão a ideia da textura do morango e as folhas são feitas com feltro verde que se pode prender no cabelo com um gancho.”. E, com técnica semelhante, mas com t-shirt amarela, nasce um ananás pronto para a folia.
Nas mais variadas festas carnavalescas também se veem muitas colegiais, algumas encarnadas por homens. “Uma camisa aos quadrados pode transformar-se em saia tirando as mangas e o colarinho. Faz-se uma dobra de quatro centímetros cosida ou colada com cola para tecido, onde se enfia o elástico que vai segurar a saia. Com o tecido que sobra fazem-se os laços para colocar nos totós”, exemplifica Cláudia, provando que está tudo ao alcance de todos e quase sem custos.
