Lanterna: a alumiar a história desde 1899

A lanterna não teve sucesso imediato

Apesar de já na Roma Antiga se procurarem fontes de luz portáteis, só no século XIX surgiram as primeiras lanternas.

A história da procura de fontes de luz portáteis é quase tão antiga como a da própria civilização. Há registos a garantir que os primeiros aparelhos deste género surgiram na Roma Antiga (bom, chamar-lhes aparelhos será um exercício de boa vontade, visto que não passavam de velas ou materiais inflamáveis cobertos por recipientes transparentes).

Ao longo da história, outras soluções foram sendo usadas para o mesmo propósito. Tochas e lamparinas, por exemplo. Mas o facto de a fonte de luz ser uma chama tornava esses objetos algo perigosos.

O cenário só se altera a partir do século XIX com a invenção da lâmpada incandescente e da pilha seca. Com esta última, o eletrólito deixou de ser líquido, o que lhe permitia funcionar em qualquer posição e não derramar tão facilmente. Uma fonte de energia perfeita para uma fonte de luz portátil, portanto. Não admira que, pouco depois do surgimento da pilha seca, o inventor inglês David Misell tenha lançado a primeira lanterna.

Três pilhas, colocadas num tubo que funcionava como uma alça do dispositivo, alimentavam uma pequena lâmpada elétrica incandescente. Estávamos em 1899. Note-se que a lanterna não teve sucesso imediato, muito porque a fragilidade das primeiras pilhas obrigava a desligar o aparelho com frequência. Mas o aprimoramento destas haveria de mudar também a história do objeto. Em 1922, já havia nos Estados Unidos dez milhões de pessoas a usar lanternas. Hoje são, com toda a certeza, muitas mais.