Ioió: fio acima, fio abaixo

Atualmente, os ioiós evoluíram para novos patamares de materiais

Simples mais simples quase não há. Um cordel enrolado na ranhura de um aro que une dois pequenos discos e que sobe e desce em constante movimento. É diversão prometida na certa, com variadíssimas combinações quase acrobáticas que trocam os olhos de espanto a quem assiste a tais aventuras feitas de destreza e imaginação. Está apresentado o ioió, sucesso que atravessa gerações, divertimento barato que cimentou popularidade e teima não sair do imaginário de jovens e menos jovens.

Foi nas Filipinas que o batizaram – ioió significa vai e volta num dialeto local – e foi um filipino, Pedro Flores, o primeiro grande responsável pela globalização do brinquedo. Emigrou para os Estados Unidos em 1928 e lá teve a ideia de comercializar o entretém que trouxera do país natal. O sucesso foi praticamente imediato. As vendas dispararam de tal forma que a pequena empresa de Flores acabou rapidamente comprada por Donald F. Duncan, proprietário da Duncan Toys Company e que viu no ioió uma autêntica mina de ouro. Num ápice, vendeu 45 milhões de unidades pelo país inteiro e tornou-o um fenómeno. Tanto assim foi que o dia de aniversário de Duncan, 6 de junho, acabou instituído como Dia Nacional do Ioió.

Antes do século XX, há registos de peças semelhantes ao ioió utilizadas em paragens tão distintas como a Grécia, a França ou a Índia.

Atualmente, os ioiós evoluíram para novos patamares de materiais. Os mais avançados abandonaram a madeira original, o plástico também acabou deixado de lado e o alumínio e o policarbonato foram ganhando território, proporcionando aos novos ioiós acrescentos de qualidade.