The leftovers
O período de confinamento foi propício ao binge-watching, hábito que eu e o Paulo [M. Morais, marido, escritor] já tínhamos. Uma das séries dos últimos meses foi “The Leftovers” e um dos efeitos colaterais de termos assistido às três temporadas seguidas foi termos sido completamente arrebatados pela banda sonora de Max Richter. Uma música perfeitamente adequada à tonalidade intrigante, perturbadora, melancólica do enredo. Entretanto, fomos descobrindo outras bandas sonoras do compositor. Agora, a música de Max Richter tornou-se a banda sonora quase obsessiva das nossas manhãs de escrita.
7 Wonders
Numa família reconstruída de cinco, com três miúdas já não tão miúdas, os jogos de tabuleiro foram desde o início um fator de coesão. Em casa, possuímos uma coleção invejável. Uma das últimas aquisições foi o premiadíssimo “7 Wonders”. A cada jogador compete edificar uma das Sete Maravilhas da Antiguidade, criando em seu redor infraestruturas, promovendo atividades científicas e culturais. Adoro ver as miúdas a traduzirem alegremente do inglês, a fazerem cálculos e a aprenderem História, sem sequer se darem conta.
O último verão de Klingsor
E sempre os livros, claro. Nestes meses em que não entrámos em livrarias, as estantes de casa foram mais do que nunca a nossa biblioteca. No meio dos livros que antes de serem nossos pertenciam ao Paulo descobri alguns de Hermann Hesse, de quem só conhecia “Sidarta”, lido na juventude. Adorei as narrativas breves, sobretudo a estranha novela “O Último Verão de Klingsor”. Desde há uns meses, então, que ando obcecada com Hesse e já encomendei alguns dos livros que nos faltam.