Vejo bem…: Sou de amizades. A amizade forte e genuína é ouro. Gosto muito do mar. E de água. E de poemas, livros, canções, cinema, pintura e escultura sobre o mar. Sou de aventuras, de me atirar de cabeça. Quem olha para mim não tem essa ideia. Os quilitos a mais enganam. Mas sempre fui do género irrequieto e inquieto. Trabalho a partir das pessoas comuns e para pessoas comuns. As elites desprezam-me na medida em que percebem que lhes atribuo muito pouca importância. Daí nunca ter tido boa imprensa. Acredito que a salvação do Mundo está no amor. Não no humor, nem na ciência, muito menos no dinheiro. O amor é a essência de tudo. E não custa nada. Um beijo, um abraço, um carinho, só isso.
Vejo mal…: Sou muito mau com contas. Se tivesse a mínima noção dos negócios podia estar bem melhor. Sou explosivo quando me irrito. Mas duas horas depois já passou. Peço perdão e perdoo com facilidade. Não guardo ressentimentos. Acredito que o ressentimento é algo que seca o fígado à pessoa. Não tenho a noção de certas coisas. Sou profícuo em termos criativos. Para o bem e para o mal. Tenho 20 ideias por dia e só duas é que se aproveitam (ou menos). O problema é ter a noção das que valem a pena. Sou surdo e distraído. Logo, tenho tendência para ser considerado um indivíduo com um certo grau de maluquice. Por isso, atenção, quando parece que não estou a perceber é porque não estou mesmo a perceber. Sou uma pessoa absolutamente normal com lapsos momentâneos de razão. Sou visceralmente contra os chico-espertos, os arrogantes, os prepotentes, os presunçosos. Pessoas que acham que trazem a verdade no bolso.
Humorista, ator, argumentista
48 anos