E tudo a covid marcou: o ano de 2020 em imagens

(Foto: Michael Dantas/AFP)

Não consta que haja na história recente ano mais monotemático do que este longo 2020. O vírus que mudou o Mundo, que levou os profissionais de saúde ao limite e nos fechou em casa, que entupiu cemitérios e testou os mais velhos como nunca, quase nos levou também o espaço para outras memórias. Cabe-nos reavivá-las, ainda assim. Cabe-nos lembrar a aprovação da eutanásia no Parlamento, as mortes de Ihor Homeniuk e Valentina, o início do julgamento de Rui Pinto. Ou o assassinato de George Floyd. O movimento “Black Lives Matter”. A morte de Maradona. A eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. As imagens do ano que ninguém previu.

O olhar zeloso dos inúmeros profissionais de saúde que responderam com admirável espírito de missão a um desafio nunca antes visto é, sem dúvida, uma das imagens do ano. Nesta foto, a unidade de cuidados intensivos do Hospital de Bragança.

(Foto: Leonel de Castro/Global Imagens)

Leonor Viola, utente do lar Quinta Alegre, em Lisboa, que no fim de junho pôde por fim abraçar a filha – mesmo que com uma espécie de invólucro protetor a separá-las, é a imagem do sofrimento particularmente pungente que a covid trouxe aos mais velhos.

(Foto: Orlando Almeida / Global Imagens)

O cansaço, o desespero, a resiliência, a entreajuda. Esta imagem captada num hospital de Milão a 13 de março diz bem do desafio que enfrentaram os profissionais de saúde da região da Lombardia, particularmente acossada pela pandemia.

(Foto: Paolo Miranda/AFP)

A morte de George Floyd, afro-americano de 46 anos estrangulado por um polícia até perder a vida, foi o derradeiro mote para uma onda de protestos do movimento “Black Lives Matter”.

(Foto: Kerem Yucel/AFP)

Para uma boa parte dos americanos, a eleição de Joe Biden para presidente dos EUA, depois de semanas de polémica com Donald Trump, foi uma das poucas boas notícias de 2020.

(Foto: Christian Monterrosa/EPA)

O confinamento imposto pela covid num bairro pobre de Marselha, em França. Um habitante em quarentena recolhe um saco de comida oferecido pelos vizinhos, graças a uma “corda” de cobertores.

(Foto: Anne-Christine Poujoulat/AFP)

Imagem do cemitério de Nossa Senhora da Aparecida, em Manaus, Brasil, um dos países mais afetados pela covid.

(Foto: Michael Dantas/AFP

A morte de Diego Armando Maradona, a 25 de novembro, foi outro dos acontecimentos que marcou o ano pela negativa. Na foto, o caixão da lenda argentina, na capela funerária da Casa Rosada, em Buenos Aires.

(Foto: Juan Ignacio Roncoroni)

Momento histórico no Parlamento: a 20 de fevereiro, foi aprovada a despenalização da morte medicamente assistida.

(Foto: Gerardo Santos/Global Imagens)

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, é também um dos rostos do ano, à custa do caso Ihor, em que três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras estão acusados do homicídio do cidadão ucraniano, de 40 anos.

(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

Foi uma das “dobradinhas” mais inusitadas da história do F. C. Porto: os dragões venceram campeonato e Taça de Portugal… sem adeptos nas bancadas.

(Foto: Pedro Correia/Global Imagens)

O mediático julgamento do hacker Rui Pinto, rosto de casos como o Football Leaks e o Luanda Leaks, arrancou a 4 de setembro.

(Foto: Jorge Amaral/Global Imgens)

Mário Centeno protagonizou uma das mudanças do ano: o antigo ministro das Finanças assumiu em julho o cargo de governador do Banco de Portugal.

(Foto: José Sena Goulão/Lusa)

Em maio, um caso que chocou o país. Depois de quatro dias de buscas, Valentina, de nove anos, foi encontrada morta. O pai e a madrasta foram entretanto acusados pelo Ministério Público de homicídio qualificado.

(Foto: Orlando Almeida/Global Imagens)

Um incêndio num abrigo animal em Santo Tirso, que provocou a morte a dezenas de animais, provocou comoção e indignação.

(Foto: Miguel Pereira/Global Imagens)