Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia recomenda exercício físico durante a quarentena. É mesmo necessário. Os sobreviventes de cancro têm de evitar o sedentarismo.
A Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) vai direta ao assunto: os doentes oncológicos devem fazer exercício físico durante o tempo de isolamento. E avança com oito conselhos para evitar o sedentarismo, contrariar a inatividade, aumentar o bem-estar.
“A situação de isolamento contribui facilmente para uma diminuição da atividade física e aumento do sedentarismo, ambos fatores de risco de patologias cardiovasculares que agravam o prognóstico de doentes oncológicos”, adianta Ana Joaquim, médica e presidente da AICSO. “Além dos benefícios a nível físico, também as componentes psicológica e emocional, seguramente mais fragilizadas nesta fase, podem beneficiar da prática regular de exercício físico”, acrescenta.
Não é complicado implementar hábitos de atividade física em casa e as novas tecnologias dão uma ajuda na condução e supervisão dos exercícios, se necessário for. O exercício é sempre bem-vindo. “Em sobreviventes de cancro, a evidência sugere a realização de três sessões de atividade aeróbia moderada ou vigorosa por semana com a duração de 30 a 60 minutos, que pode ser combinada com duas a três sessões por semana de exercícios de força. A atividade permite melhorar os sintomas de fadiga, ansiedade e depressão, assim como os níveis de aptidão física e qualidade de vida”, refere Alberto Alves, professor e doutorado em atividade física e saúde.
