7 truques para comer o que lhe apetece (sem engordar)

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Sejamos sinceros: quantas vezes se ficou por uma chávena de chá ao lanche com medo de engordar, quando todos à sua volta degustavam pão fragrante acabado de sair do forno, barrado com manteiga e mel? Se já passou por isto, é hora de mudar essa relação desconfortável com a comida. Comer intuitivamente e sem culpa é o segredo.

SAIBA QUANDO TEM FOME

A regra de ouro é nunca ficar tão esfaimado que devore a primeira coisa que lhe aparecer à frente. Coma quando começar, de facto, a sentir fome, em vez de quando acha que é suposto – uma peça de fruta ou um iogurte na altura certa evitam que vá ao café pedir um croissant. Igualmente importante é perceber de que forma a comida existe na nossa vida: o que nos leva a comer como comemos? Que tipos de fome existem? E qual é a que estamos a sentir no momento? Se é de comida-conforto que precisa, tente antes afastar a tristeza com um filme, um livro ou um exercício que lhe eleve o astral.

NÃO EXAGERE

Se entretanto as horas passam e descobre que não para de pensar no tal croissant, numa fatia de bolo de chocolate, num gelado ou no que for, coma o que não lhe sai da cabeça. Ceder de vez em quando permite ir gerindo os desejos de modo controlado, com muito maior probabilidade de se ficar por três ou quatro bolachas, em vez de devorar o pacote inteiro. Pare também quando o cérebro lhe der sinal de que está cheio, por muito bem que algo lhe esteja a saber.

MUDE AS EMOÇÕES

Desenvolvemos distúrbios alimentares como um escape à dor causada pelas emoções, daí que o problema maior seja a disfunção de sentimentos. Que medos é que tenho: de perder o emprego, ficar sozinho? Algum ressentimento? Um namoro antigo ainda a ocupar espaço que não queríamos que tivesse? Aprender a digerir essas situações ajuda a não acabarmos a digerir comida extra para compensar. E aos poucos vamos descobrindo ser capazes de controlar o que supúnhamos incontrolável, sem privações que nos levariam a consumir em excesso mais tarde.

DEIXE-SE DE DIETAS

Muito mais importante do que fazer restrições impossíveis é elaborar um plano alimentar único, adaptado a cada pessoa tendo em conta horários ao longo do dia, intolerâncias, vida familiar, necessidades físicas e emocionais e gostos. Se alguém odeia couves-de-bruxelas, por que carga de água há de comê-las? Depois é seguir o plano à risca, não saltar refeições e incorporar uma fonte de proteína de cada vez que se come (pode ser peixe, carne, ovo, frutos secos, um batido proteico, etc.).

SEJA MINDFUL

Acontece-nos a todos: num momento temos o almoço à nossa frente, 15 minutos depois levantamo-nos da mesa e mal demos por ele. Tudo serve para nos pôr a cabeça em todo o lado menos no que acabámos de engolir à pressa – justamente o oposto de se comer com atenção o que nos foi servido, conscientes dos sabores e do momento em que cérebro e estômago nos dizem estar satisfeitos. Da próxima vez, não coma um prato cheio de massa com queijo só porque está lá, mas porque lhe apetece verdadeiramente fazê-lo. E de novo: pare quando se sentir saciado.

FAÇA O QUE LHE DÁ PRAZER

Quanto mais nos privamos do prazer diariamente, mais o nosso desejo por ele se intensifica. Ir muito além da mera dieta, sabendo o que comemos e porquê, permite-nos assumir a confiança, o poder pessoal e a autonomia emocional para enfrentar qualquer situação na vida sem ativar comportamentos compulsivos. E sim, uma pessoa pode comer chocolate todos os dias se quiser: é uma questão de programar e ritualizar o momento em que o faz para não sentir culpa.

RECONCILIE-SE CONSIGO

A gordura que podemos ter a mais, segundo os ideais ditados pela sociedade, tem muito pouco a ver com o nosso valor como pessoa. Uma postura de respeito por nós mesmos passa por adotarmos hábitos saudáveis, que nos deem prazer e nos façam sentir a nossa beleza e força interior. Não temos de gostar de tudo no nosso corpo (deve ser rara a pessoa que gosta). Mas podemos na mesma cuidar dele como o templo que é.