Só o nome pode assustar. Há quem guarde no imaginário a ideia aterradora de que vão ser engolidos por uma. Essas imagens que nos colocam na “boca” das plantas carnívoras vêm dos desenhos animados, dos livros, dos filmes. Por isso, nem todos gostam de ouvir falar delas, muito menos tê-las por perto. Contudo, há factos que podem ajudar a mudar a opinião que se tem destas espécies.
Há 70 milhões de anos, quando os dinossauros passeavam pela Terra, uma anomalia genética iniciou um processo que fez com que algumas plantas se tornassem carnívoras. A partir daí, sofreram diversas evoluções. Hoje, sabe-se que a maioria come insetos. Embora haja algumas que gostam mais de pequenos roedores, pássaros, aracnídeos e até ovelhas (é chamada de Puya chilensis, originária do Chile).
Por cá, vemos mais as Dionaea, que nesta página parece “apertar” uma mosca. E também a Nepenthes, que se assemelha a um copo. Na realidade não são tão cruéis como parecem e podem ser bastante bonitas e atrativas, tanto que são usadas para decoração nas casas. Se quiser ter uma carnívora em vaso, basta mantê-la sempre hidratada, com regas diárias. Sem se esquecer de a posicionar perto de uma janela, para que sinta o sol e seja mais fácil atrair, capturar e digerir as refeições.
Calcula-se que no Mundo existam mais de 750 espécies de plantas carnívoras, que transformam as suas folhas em poderosas armadilhas. No nosso país existe a Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras, criada para proteger e promover o gosto por estas espécies. No site desta associação fica-se a saber, por exemplo, que basta uma volta pelas nossas florestas e matas para encontrar carnívoras autóctones e hipnotizantes.