Messages from a Lost World: Europe on the Brink
Passei os penosos meses de (des)confinamento a escrever um novo livro sobre autoritarismo e o papel de Portugal neste contexto alarmista acelerado pela pandemia. E andei focado nalguns dos seus melhores autores, como Pippa Norris, Tim Snyder, Anne Applebaum, Andrea Kendall Taylor, Erica Frantz e, claro, Stefan Zweig, cuja coletânea de dez ensaios destaco. Escritos entre 1914 e 1941, podem ser perturbadoramente transportados para 2020. Não subestimemos os sinais.
A Invenção do Dia Claro
Sou obcecado por música. Desde que me conheço que coleciono vinil, raridades, sigo as minhas bandas de culto, vou a concertos, tudo muito à volta do rock, punk e metal. Nos últimos meses ouvi muito Nick Cave, voltei aos Beastie Boys, por culpa do genial documentário do Spike Jonze, mas também aos Wilco, Johnny Cash e até Nirvana. Mas é o último dos Capitão Fausto que está em loop, qualquer coisa entre Belle & Sebastian e Beach Boys. Palavras simples e melodia viciante fazem dele um disco quase perfeito.
When We Were Kings
Com uma vida familiar intensa e muitas frentes de trabalho, o desporto é o meu escape permanente. Antes da pandemia fazia quatro em simultâneo (boxe, natação, corrida e ténis), este uma fixação competitiva desde os dez anos e o boxe uma descoberta recente entusiasmante, o que me levou aos escritos de Norman Mailer, F. X. Toole ou Joyce Carol Oates. Mas a escolha vai para o extraordinário documentário “When we were kings”, de Leon Gast, sobre o mítico combate no Zaire entre Muhammad Ali e George Foreman, em 1974, duas lendas que o boxe eternizou para lá do ringue.