Bárbara Guimarães, a app Stayaway Covid e as eleições americanas
Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.
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Na madrugada passada mudámos para a hora de inverno, atrasando os relógios uma hora. E não, não deu para atrasar um ano e voltar para 2019. Eu tentei. Ainda não é desta que podemos usar o álcool-gel só para assar chouriços e fazer caipirinhas.
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Esta semana fomos visitados pela tempestade Bárbara, que causou várias ocorrências registadas pela Proteção Civil. Também esta semana, Manuel Maria Carrilho foi absolvido do crime de violência. Pelos vistos é sempre tudo culpa das Bárbaras, portanto.
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O processo de Carrilho e Bárbara Guimarães foi atribulado, com uma juíza a dizer que a apresentadora é uma mulher independente que apresentou queixa tarde de mais e com o réu a ameaçar testemunhas. Mas se Bárbara queria um final feliz para a sua história não devia ter recorrido aos tribunais, devia ter antes vendido os direitos para fazerem uma telenovela. É mais eficaz.
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António Costa voltou atrás e afinal a app StayAway já não vai ser obrigatória. Um conselho: se querem que toda a gente a saque à mesma, disfarcem-na de Candy Crush.
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É a imagem mais marcante da última semana: Marcelo Rebelo de Sousa, em tronco nu, a levar a vacina da gripe – apesar de, parece-me (e perdoem-me, porque não sou licenciada em Enfermagem), não ser necessário nudez parcial para o procedimento em causa. Para que outras coisas tirará Marcelo desnecessariamente a camisa? Ai, não me digam que quando ligou em direto à Cristina Ferreira foi em tronco nu?
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Na quinta-feira houve debate entre Trump e Biden, desta vez com uma inovação: um botão de mute para que não se ouvisse um pio do candidato que não estava na vez de falar. Ora duas pessoas a dizerem crueldades uma à outra à vez não é um debate – é o grupo de WhatsApp da minha família.
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As eleições norte-americanas são já no próximo dia 3, com o voto por correspondência a pesar mais do que nunca devido à pandemia. Trump desconfia dos Correios, claro, que gente rica nunca entrou nuns CTT, tem um pajem a cavalo que lhes lê recados de um papiro.
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Um influencer ucraniano, de seu nome Dmitriy Stuzhuk, morreu de covid depois de meses a negar a existência do vírus. Era um unboxing com o qual não estava a contar. “Fãs, querem ver Recebidos? Recebi à pala este gel duche, este relógio e este ventilador.”