
Texto de Ana Pago | Fotografia de Shutterstock
A primeira reprimenda chega‑nos da parte da Organização Mundial da Saúde, que diz que as crianças devem comer três porções diárias de fruta e duas de legumes – algo que as nossas, em Portugal, não fazem.
O segundo ralhete é da Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (APCOI): segundo um estudo divulgado no final de 2017, 65 por cento dos miúdos portugueses entre os 2 e os 10 anos ficam aquém das quantidades necessárias de fruta e legumes recomendadas por dia, com a faixa dos 6/7 anos a atingir os resultados mais preocupantes (68,2 por cento comem abaixo das recomendações).
E como uma má notícia nunca vem só, são as crianças obesas aquelas que menos tocam nos legumes. A ciência explica esta aversão generalizada dos mais novos com o risco que as crianças pré ‑históricas corriam de ingerir, logo que saíam do colo das mães para explorarem por conta própria, alguma planta tóxica que pudesse matá‑las. Claro que não é o caso dos brócolos, nem dos espinafres nem da couve‑flor, razão por que se torna tão urgente tomar medidas. Se é verde e está no prato, então é para comer.