Susana Romana

Partida, largada, fugida

por Susana Romana

A ministra do Trabalho, Cristina Ferreira e o Pesadelo Na Cozinha

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não leu o relatório sobre a tragédia que se passou no lar em Reguengos. Eu percebo, também tinha imensos livros que queria ler este verão e se li um folheto inteiro do Lidl já foi uma sorte
(Foto: António Cotrim/Lusa)
Pode ser que Ana Mendes Godinho tenha sorte e lancem o resumo, tipo livrinho amarelo da Europa América. Não recomendo é que espere pelo filme. É que ia ser um filme de terror e ainda ficava com pesadelos
Marcelo Rebelo de Sousa salvou duas banhistas na praia de Alvor, mostrando tudo o que aprendeu no Tejo, em 1989, quando foi candidato à Câmara de Lisboa. E assim descobriu que, de cada vez que um jornalista lhe fizer uma pergunta incómoda sobre a escalada do fascismo em Portugal, só tem de ir ver se alguma idosa perdeu o pé. Os repórteres ficam logo distraídos

E está descoberto o paradeiro de Juan Carlos, confirmado pela coroa espanhola: o emérito em fuga, perdão!, em viagem de autodescoberta, mudou-se para os Emirados Árabes Unidos. Faz sentido. Um homem com tantas amantes vai dar-se bem num país com haréns

Ljubomir Stanisic deixou a TVI, com o contrato ainda válido, e assinou pela SIC. Há quem diga que a motivação do chef foi não querer trabalhar com Cristina Ferreira. Tenho pena. Como bom garfo que sou, estou sempre à espera de uma boa caldeirada
A TVI estava a contar com nova temporada de “Pesadelo Na Cozinha”, mas eu não sei se o formato não estará gasto. É que meter donos de restaurantes a chorar já a covid-19 fez nos últimos meses, com grande sucesso
E por falar em Cristina: a SIC exige-lhe 20 milhões de indemnização e dá à apresentadora 15 dias para pagar. Coitada, lá vai ter de arranjar os fundos. Depois de linhas de perfumes, sapatos, unhas de gel e revistas pode ser que possa simplesmente imprimir dinheiro em casa, com a sua cara nas notas e tudo
Wuhan, a cidade onde surgiu pela primeira vez o novo coronavírus, foi notícia por causa de uma festa de música eletrónica que juntou milhares de pessoas no Maya Beach Water Park. Não se indignem: eu acho que foi só a cidade a punir-se pela pandemia. É que aquelas piscinas atoladas de gente enquanto se ouve música que parece uma impressora a queixar-se da falta de tóner só pode ser tortura

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