Nove coisas que os homens fazem (e que as mulheres nunca vão entender)

Para as mulheres, que trazem o mundo dentro da mala, é muito difícil conceber que os homens consigam guardar o telemóvel, a carteira, os documentos, os cigarros, os óculos e tudo de que precisam no dia-a-dia dentro dos bolsos. E isto sem quase se notar os volumes sob a roupa nem parecer que andam carregados (como elas com as bolsas).

Podia acontecer de vez em quando, por esquecimento, mas a verdade é que nunca baixam a tampa da sanita. A boa notícia é que já existe um alarme – o Pis Alarm, da Simple Creations – a prometer pôr fim às eternas discussões conjugais na casa de banho.

Já nem se fala de saberem o dia em que deram o primeiro beijo, mas do aniversário de namoro, até do casamento. Mais uma vez, a explicação reside no cérebro, com estudos a concluírem que as mulheres estão em vantagem no que respeita à memória episódica (relacionada com recordações de longo prazo envolvendo datas e factos específicos baseados em experiências pessoais). O que elas tendem a interpretar como falta de amor deve-se apenas à forma como são arquivadas as emoções no cérebro masculino.

No máximo duas, já que ser multitask não é decididamente o forte deles: são bem capazes de descascar duas cenouras para a sopa (se por acaso a fazem) enquanto a mulher aspira a casa, lava uma máquina de roupa, arruma a cozinha e ainda planeia de cabeça o que guardar na mala para o fim de semana fora, para ela e o filho bebé. «Estamos perante dois modelos diferentes de funcionamento cerebral, que determinam comportamentos desiguais, mas que se complementam», diz a neurocientista Catarina Resende Oliveira.

E se não as deixarem todas molhadas em cima da cama já é uma sorte – isto, claro, depois de terem começado por usar o amaciador da mulher e saído do banho sem limpar os pés. «Existe uma componente genética e uma componente ambiental na origem do funcionamento cerebral e, por consequência, na origem de pensamentos, comportamentos, padrões fisiológicos, suscetibilidade a doenças e outras funções», sustenta Sofia Duarte, mestre em neurociências e biologia do comportamento. Este é só mais um dos mistérios masculinos.

As novas ciências do cérebro permitiram aos cientistas apurar um leque de diferenças que explicam, por exemplo, o porquê de homens e mulheres recorrerem a áreas cerebrais distintas para arquivar emoções, vivê-las, resolver conflitos, comunicar. E isto inclui a dificuldade que quase todos eles sentem em falar de sentimentos, por serem menos emocionais e lidarem pior com a vulnerabilidade que isso lhes traz.

Ao contrário do cérebro feminino, preparado para ler rostos, interpretar tons de voz e apreender nuances emocionais, os homens em geral só percebem que fizeram asneira quando as veem chorar. «Eles tendem à ação, querem resolver os problemas delas. Mas depois não sabem o que fazer, atrapalham-se e isso acaba por se tornar desconfortável», explica a terapeuta de casal Celina Coelho de Almeida. Não admira que a figura da mãe, que lhe deu colo e conforto, se torne um símbolo da mulher que o preenche.

Pais, maridos, namorados, filhos rapazes, quem tem homens em casa sabe: uma simples gripe é o suficiente para que andem a arrastar-se por vários dias, com ar combalido, a exigir canjas, mimos e cuidados como se tivessem uma doença terminal. Lá está: se a mãe fazia…

Sobretudo se ir às compras significa acompanhar a namorada/mulher/melhor amiga ao centro comercial, onde ela irá querer entrar em todas as lojas exceto na que tem os ténis por que ele suspira há vários dias. Como é possível levar-se horas a escolher roupa e bijutaria (pensam eles) quando três pares de calças, cinco camisas e três camisolas chegam e sobram?