Texto de Sara Dias Oliveira
A inspiração vem sobretudo de duas fontes: das modernas tendências de consumo centradas no quanto mais simples melhor e no faça-você-mesmo; e da constante reabilitação dos edifícios dos anos 50 e 60 do século passado, que precisam de mais divisões e espaço para banhos.
O MoBaK (Modular Bathroom Kit) é uma nova casa de banho integrada e modular que não precisa de obras. Basta juntar as peças porque tudo está pré-instalado.
Um lavatório, uma sanita, um chuveiro com dois metros de comprimento de ponta a ponta, preparados para encaixar em dois metros quadrados de área. O MoBaK é flexível e tanto pode ficar encostado a uma parede como ser colocado no meio de um compartimento.
À escolha do freguês, tal como a disposição das peças, porque tudo é reversível. Tem um ponto de ligação de água quente e fria e um canal para o esgoto. Esta casa de banho, fácil de montar e de desmontar, é feita de vidro, cerâmica, madeira e aço inoxidável. É uma inovação que pode mudar de lugar de um dia para o outro, o que combina com a vontade de descomplicar dos consumidores e dos que se dedicam à área da construção civil. Sustentabilidade, funcionalidade e conforto são as palavras-chave deste produto.
“A instalação de uma casa de banho é um processo demorado, que implica obras fastidiosas e incómodas, e caro porque são precisas alterações estruturais”, refere António Oliveira, presidente da Oli, a empresa com sede em Aveiro que já havia inventado a dupla descarga para os sanitários (que ajuda a poupar água) e é líder ibérica de autoclismos.
O MoBaK dispensa mestre-de-obras e pó em casa. “Permite uma instalação simples, limpa e barata, e transformar uma divisão numa casa de banho”, afiança o empresário. Andreia Costa, responsável pela área de Inovação da Oli, acrescenta: “As soluções tradicionais disponíveis no mercado que viabilizam transformar espaços em WC preconizam a realização de obras profundas, demoradas e que requerem competências muito específicas na área”.
O MoBaK nasce das mãos de quem percebe da arte. A Oli, que exporta 80% da produção para 80 países dos cinco continentes, lidera o consórcio deste projeto desenvolvido ao longo de três anos com o envolvimento da Universidade de Aveiro, a participação da Italbox, empresa de conceção e fabrico de divisórias e resguardos de banho de Águeda, e financiamento do Compete 2020.
O preço de venda final está a ser analisado. Neste momento, o MoBaK está na última fase de ajustes para em breve entrar no mercado.
