Para perceber o que estava no interior de uma antiga múmia de gato egípcia sem a abrir, uma equipa de cientistas do Instituto Nacional Francês de Pesquisa Arqueológica Preventiva levou a cabo um longo estudo que combinou arqueologia e tecnologias digitais.
A múmia foi submetida a uma tomografia computorizada e os dados recolhidos foram processados para produzir modelos tridimensionais e em tamanho real dos restos mortais.
Só que, quando os modelos 3D foram analisados com tecnologia de realidade virtual, foi possível ver que ali estavam três caudas e cinco patas traseiras. E nem todas eram de felino.
À múmia de 2 500 anos ainda faltavam as costelas e o crânio, substituído por uma bola de tecido. Esta mumificação, preservada no Museu de Belas Artes de Rennes, em França, provavelmente teve um papel ritualístico no contexto fúnebre, sendo uma oferenda aos deuses, o que também explica a possível falsificação do corpo, que era comercializado na época.