Parece impossível, mas aconteceu. Um turista resolveu um mistério de 40 anos em não mais do que dois minutos. A história era conhecida entre os habitantes da cidade de Vermilion, na província de Alberta, Canadá. Na década de 1970, o gerente do Hotel Brunswick fechou o cofre do estabelecimento e esqueceu-se da combinação a usar para o reabrir.
Desde então, foram várias as tentativas encetadas para abrir a caixa forte do antigo hotel. Caixa que, entretanto, passou a integrar o Vermilion Heritage Museum, um museu local. As autoridades entraram em contacto com antigos funcionários do hotel, chamaram especialistas em abertura de cofres, mas ninguém teve sucesso. Pior, os entendidos diziam mesmo que forçar a abertura do cofre, que pesa mais de uma tonelada, só iria causar estragos.
A história tornou-se popular na região e o museu começou a receber a visita de curiosos que tentavam a sua chance. Foi o que aconteceu com Stephen Mills. “Só pela brincadeira”, contou à emissora CBC. De acordo com a versão do homem, tentou uma “típica combinação”: “Três vezes no sentido horário (20), duas vezes no sentido anti-horário (40), e uma vez no sentido horário (60), e então… Ah, meu Deus!”.
No momento em que se ouviu o “click” Stephen estava na sala com a família e com Tom Kibblewhite, um voluntário do Vermilion Heritage Museum: “Não demorou mais do que dois minutos, e o cofre abriu. Eu estava em total estado de choque, e ele também”, descreveu. “Perguntei se ele tinha experiência como abridor de cofres, ao que ele respondeu: ‘Não, sou apenas um maquinista'”, contou Tom ao “Vermilion Standard”.
O cofre continha alguns documentos do hotel. Um bloco de pedidos do restaurante e um recibo de 1977. “Não têm qualquer valor, mas são de grande interesse para nós. Isso dá-nos uma ideia de como eram os lugares na década de 1970”, disse Tom. Agora, o museu planeia deixar a porta do cofre entreaberta.
Apesar de não ter encontrado nenhum tesouro, Stephen disse sentir-se um sortudo por causa desta façanha. Afinal, como referiu à BBC Jeffrey Rosenthal, da Universidade de Toronto, as probabilidades de acertar na combinação da abertura do cofre à primeira eram de uma em oito mil.