A notícia caiu como uma bomba no jardim zoológico de Basileia, na Suíça. Maja, um orangotango de 11 anos, deu à luz a primeira cria, Padma, em agosto de 2018. Mas esta não é filha de quem se pensava. O escândalo veio à tona depois de um rotineiro exame de ADN.
Antes, há uma história de química. Ou de falta dela. Tudo começou com o Programa de Espécies Ameaçadas do zoológico, que determinou que o parceiro de Maja fosse criteriosamente selecionado, para garantir uma maior diversidade genética dos animais, bem como maior resistência às possíveis doenças futuras. Foi assim que Budi, de 14 anos, foi escolhido como o par ideal de Maja e os dois passaram a viver juntos. Tempos depois, nascia Padma.
É comum os orangotangos terem núcleos familiares fixos: um macho, uma fêmea e as crias. Por isso, os veterinários não desconfiaram que pudesse haver algo incomum. Em todo o caso, é usual realizar testes de paternidade aos jovens orangotangos. A surpresa chegou com os resultados.
Afinal, Vendel, de 18 anos, é o pai biológico de Padma. A atração entre os animais superou todas as barreiras – até as barras de ferro que separam as jaulas – para concretizar o relacionamento extraconjugal que resultou no nascimento da cria.