Uma cueca nova é quase obrigatória na passagem de ano, mas, no caso das mulheres, combina sempre com um soutien também a estrear. Superstição ou tradição, a maioria aposta no azul como cor de eleição, acreditando dar sorte, sabendo-se agora que ainda por cima é o tom eleito pela Pantone – uma espécie de bíblia de cores que orienta designers e marcas – como tendência para 2020.
Andreia Carvalheiro, responsável pela comunicação do grupo Hélix (que detém as marcas Revêrie e Simel), nota que “há uma maior procura de peças com padrões animados ou outras cores que não forçosamente em azul. O vermelho é também muito escolhido, talvez por significar paixão e ser sempre sensual”.
A Lola Wants também é portuguesa e irreverente, mas sempre sem descurar o conforto das peças. Sofia Samsudin, uma das sócias, assume que “as pessoas querem passar o ano com lingerie nova, sem se preocuparem tanto se é azul ou de outra cor”. No entanto, reconhece que a crença se faz notar em algumas clientes. Sofia Samsudin sublinha que, independentemente do propósito, uma boa escolha contribui para a autoestima. “O nosso bem-estar vem de dentro.”
Nas lojas Dama de Copas, confirma-se que o vermelho compete mesmo com o azul entre as sugestões para celebrar o início do novo ano. Pelo contacto com os clientes, a diretora de marketing, Inês Basek, reconhece que são mais os homens que compram lingerie azul. “Tende a ser uma preferência mais masculina, para oferecerem às mulheres ou namoradas.” No entanto, a verdade é que a tradição já não é o que era, até porque “nem sempre as coleções outono-inverno têm peças azuis”, acrescenta, sugerindo opções “em outros tons, mas igualmente sensuais”.