Ruben Rua: “Sempre tive sonhos muito altos para os olhos mais comuns”

Foto: Orlando Almeida/Global Imagens

Por Jorge Pedroso Faria

Vejo bem… A minha capacidade de trabalho. Gosto de estar envolvido em vários projetos, de me multiplicar e diversificar. Dou tudo de mim e sou completamente absorvido por um projeto ou por uma realidade em que me apetece mergulhar. A lealdade. Sou grato a Deus e a todos aqueles que contribuíram para o meu crescimento. Nunca me esqueço das pessoas e dos momentos que marcaram a minha vida e a minha carreira. A minha educação. É tudo o que temos no início e no fim. É a base que nos sustenta ao longo da vida, pessoal ou profissional. É o que nos define mais do que qualquer rótulo temporário. A extroversão. Gosto de me divertir, de conhecer pessoas novas e de viver histórias para as poder contar. A vida não é mais do que isso: memórias e relações. E eu vivo para as construir. A minha persistência. Enquanto tiver forças e acreditar, luto até ao fim. Sempre fui assim… E geralmente travo batalhas muito solitárias. Sempre tive sonhos muito altos para os olhos mais comuns. A verdade. Considero-me muito genuíno, verdadeiro e transparente. Para o bem e para o mal…

Vejo mal… A minha ansiedade. A intensidade com que vivo a vida e a vontade que tenho em fazer tanta coisa torna-me ansioso. O erro. Sou muito exigente e lido mal com as minhas falhas e com as dos outros. A falta de tempo para mim, para algum trabalho introspetivo e para a minha família e amigos. Nem sempre é fácil gerir as 24 horas do dia por entre tantos compromissos, obrigações e profissões. A insatisfação. Celebro pouco as minhas vitórias. Penso demasiado. Em tudo… Quero sempre fazer perfeito e cobrir todos os ângulos. Tudo era bem mais simples se não fosse assim… mas é mais forte do que eu. A impaciência. Tenho o coração na boca. Gostava de ser um pouco mais controlado, mais paciente e compreensivo.

Modelo e apresentador de televisão
32 anos