Poder e simbolismo no pescoço

Por ficar tão justo ao pescoço, é frequentemente nomeado coleira de cão. O choker existe há milhares de anos, conforme explica Carla Solheiro, diretora e formadora na Escola de Joalharia Alquimia-Lab, no Porto: “Na Mesopotâmia e no antigo Egito o que hoje chamamos de chokers era usado como proteção para o pescoço. Era feito em ouro e incluía pedras preciosas”.

Carla garante que “o choker não é só uma questão de moda, mas também de atitude”. Para a joalheira a peça não é um exclusivo das mulheres: “Os homens mais fora da caixa usam”.

Ao serviço da causa, na Revolução Francesa usavam-se fitas de veludo vermelhas em volta do pescoço para homenagear as vítimas da guilhotina e, no século XIX, as de cor preta passam a identificar as prostitutas. Nos anos seguintes a realeza europeia aderiu à moda, elegendo materiais nobres como metais e gemas valiosos.

Sónia Cristina Paiva, consultora de imagem, afirma que “o choker é uma peça intemporal que dá delicadeza ao look”, mas previne: “É preciso ter atitude para se usar uma peça destas, que é um complemento do look. Um vestido minimalista pode sobressair se for conjugado com um choker mais arrojado”.

Na opinião de Sónia, “pescoços altos suportam chokers maiores. Nos mais baixos assentam melhor peças pequenas e delicadas”.

O mercado de luxo opta por pedras e metais preciosos, como diamantes e ouro. Carla Solheiro revela que neste setor é comum as gargantilhas serem usadas como tiaras.