Esta semana, em mais uma entrevista que nunca fiz, temos como convidado John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump. Não confundir com Michael Bolton, que é aquele cantor que aparecia nos telediscos sempre sem camisa e no alto de um rochedo como se quisesse sacar uma águia para uma “one night stand”. O nosso entrevistado de hoje é conhecido pelo seu bigode e as suas opiniões extremistas. Noto que existe uma espécie de coincidência entre pessoas com bigodes ridículos e posições de extrema-direita.
O meu bigode não é ridículo!
Lamento, mas até o Trump, que tem aquele cabelo, acha o seu bigode parvo. Eu acho que o senhor parece uma espécie de avô cantigas do inferno. O senhor é um lunático perigoso. No tempo do Bush, se bem me recordo, o senhor foi dos principais responsáveis pela invasão do Iraque e pela teoria de que eles escondiam armas de destruição maciça.
E tinham, mas estavam tão bem escondidas que apesar de esburacarmos aquilo tudo não demos com elas.
Provavelmente estavam escondidas atrás de um bigode como o seu. É impressionante como o Trump ainda consegue rodear-se de gente mais maluca do que ele.
Fique sabendo que existem pessoas em Portugal que gostam de mim.
Quem, o Durão Barroso?
Não, pessoas como o Nuno Rogeiro… o Nuno Rogeiro e… o Nuno Rogeiro.
O senhor até era a favor de que os EUA tivessem armas biológicas.
E temos.
Calculo que sim. Aliás, hoje em dia, nem são necessárias armas biológicas porque, como há muita gente que é tão marada como o senhor, e que deixou de vacinar os filhos, ainda vão todos morrer de sarampo.
Eu odeio o sarampo. Pintas vermelhas, eu odeio tudo o que seja vermelho. Temos de eliminar todos os comunistas e socialistas do mundo.
Eu imagino que o Trump não o deixe ficar sozinho, um minuto que seja, na sala que tem os botões dos mísseis nucleares.
Ui, era o meu sonho. Parecia o meu neto a jogar playstation. Começava pela Coreia do Norte, passava por Cuba e acabava em Ibiza.
Ibiza?!
Sim, aquilo está cheio de gays.
Eu destaquei uma das suas últimas frases, eu gostava que fosse a última, mas receio que não, e que foi, cito: “Nesta administração, não lançamos coletes salva-vidas a ditadores. Nós levamo-los embora.” Imagino que isto não inclua a Arábia Saudita, por exemplo?
Eu aprecio a Arábia Saudita, se um dia tiver que fugir é para uma embaixada deles que eu vou. Gosto da maneira como eles trincham muçulmanos.