“O PSD agora é uma bandalheira. Uma cambada de comunas”

Notícias Magazine

Esta semana temos connosco André Ventura, o recém-eleito deputado pelo partido Chega. Antes de mais, queria cumprimentá-lo para depois não ir chorar para as redes sociais a dizer que eu não o cumprimentei, etc. Só não lhe dou “high five” porque é uma coisa um bocado à “black” e pode sentir-se desconfortável.
Não comece já com provocações. Isto não é nenhum programa de futebol daqueles manhosos da CMTV.

Você é mesmo um indivíduo com azar.
Eu?! Acabei de eleger um deputado com um partido recém-criado.

Pois, mas se tivesse ficado mais um tempo no PSD se calhar agora estava a concorrer a presidente do partido.
O PSD é um partido demasiado de esquerda para mim.

Mas ainda há pouco era o seu partido.
Isso era no tempo do Passos Coelho, aquilo agora é uma bandalheira. Uma cambada de comunas.

Já sabe qual vai ser a sua primeira proposta na Assembleia da República?
Apostar na cerâmica portuguesa.

Parece-me bem. Esperava uma coisa mais radical.
Tenciono pôr um sapo gigante de loiça em cada esquina de Portugal, para assustar os ciganos.

Logo vi que havia aí coisa. Mas sabe que houve indivíduos de etnia cigana que votaram em si?
Já ouvi dizer. Uma vergonha. Devem ter sido votos de contrafação. Não se pode confiar nessa gente.

Acha que o seu partido vai crescer muito?
Até 2022 tenciono ser primeiro-ministro.

Não diga essas coisas que dá azar, olhe o que se passou com a Cristas.
Tenciono ser primeiro-ministro e depois acabo com o cargo de primeiro-ministro.

Já me está a assustar. Não se esqueça que em 2022 temos a visita do Papa. E se o senhor já estiver a mandar nisto e for aprovada a castração química de pedófilos, vem cá o Papa mas não aparece nenhum bispo.
É essencial a castração química de todos os pedófilos. Tenciono juntar-me ao PAN, contratamos mais veterinários e fazemos isso a meias.

E em relação àqueles bairros mais problemáticos, o que pensa fazer?
Isso é tudo para terraplanar.

E as pessoas vão viver para onde?
A ideia é terraplanar, mas com as pessoas lá.

Acha mesmo que há mais marginalidade no bairro da Jamaica do que, por exemplo, na Quinta da Marinha? Vamos lá fazer as contas – quem é que gamou mais: a malta que vive na Quinta da Marinha ou os que vivem no bairro da Jamaica?
Hum…

Pois. Por exemplo, só com o que o Salgado fanou, eram necessários cento e cinquenta mil anos a roubar autorrádios e jantes.