Nuno Gama: “Independentemente da cor das minhas penas, o meu voo seria lindo”

Foto: João Silva / Global Imagens

Por Ana Tulha

Vejo bem… Não gosto nada de falar de mim. Nem sei se me conheço assim tão bem, pois ainda hoje me surpreendo a mim mesmo. Não me vejo ao espelho nem me minimizo a uma imagem bem/mal, mas sim a um maravilhoso amadurecimento de 53 anos. A minha interminável persistência aliada à minha resiliência e ao animal de quatro patas que há em mim – Touro, com ascendente em Escorpião, Cavalo de Fogo no chinês – dão-me imensa força. Isso, aliado ao facto de já ter sido posto à prova a sério inúmeras vezes, só me tornou ainda mais forte, na medida em que percebi que os sonhos não são mais do que metas e que somos muito mais fortes do que muitas vezes nos julgamos. Aprendi ainda que a vida nos leva onde tem de levar sem que muitas das vezes compreendamos os seus meandros, pois não somos o centro do Universo, mas fazemos parte dele. E que quando sabemos o que queremos podemos construir ou mudar tudo à nossa volta. Basta-nos ouvir, respeitar e acarinhar a vida. Sem esquecer, claro, a herança da família exemplar que tive, na certeza que, independentemente da cor das minhas penas, o meu voo seria lindo, pois estava cheio de amor incondicional e que é com esse amor que se comanda a vida.

Vejo mal… Um dos meus maiores defeitos, que acaba também por ser talvez uma das minhas maiores qualidades, é a minha entrega ao trabalho – aqui sou mais feliz.

Estilista
53 anos