Mulher identifica “cheiro” a Parkinson e a ciência avança

Doze anos antes de o marido ser diagnosticado com a doença de Parkinson, Joy Milne notou-lhe um certo cheiro amadeirado e almiscarado. Um odor que não lhe saía do nariz.

Quando os médicos confirmaram a maleita, a senhora britânica pensou que aquele cheiro subtil e distinto estaria ligado ao distúrbio degenerativo. E não tardou a perguntar a um cientista, numa palestra sobre Parkinson, por que razão esses doentes têm um aroma característico e singular.

O mundo científico parou para escutar Milne e percebeu que o seu nariz tinha o poder de identificar quatro compostos responsáveis pelo cheiro que pode sinalizar a doença de Parkinson.

O seu olfato foi colocado à prova. Em 12 camisas de pessoas saudáveis e com Parkinson, Milne cheirou e acertou, e ainda adivinhou que havia ali um futuro doente, a quem confirmaram Parkinson oito meses depois do teste.

Contributo precioso que poderá ajudar a detetar a doença antes dos sintomas se manifestarem e abrir caminho para tratamentos que previnam uma doença altamente incapacitante.