Justa Nobre: “tenho humildade suficiente para pedir desculpa quando falho”

Foto: Diana Quintela/Global Imagens

Por Sara Dias Oliveira

Vejo bem… Super protetora dos meus. Tomo conta deles, não quero que lhes falte nada. Sempre a tentar protegê-los, sempre a tentar poupar-lhes aborrecimentos. Generosa em amizade, em amor, em bens materiais se for necessário. Sou muito de partilhar. Acredito muito no amor pelo próximo. Amiga de ajudar, proteger, ouvir. Orgulhosa do meu trabalho. Sou a cozinheira que nasceu para ser cozinheira. Muito lutadora. Nunca baixo os braços. Não empurro nada com a barriga. Tenho humildade suficiente para pedir desculpa quando falho, quando erro. Não sou rancorosa. Odeio a falta de pontualidade. Uma qualidade que se torna um defeito.

Vejo mal… Implico com os tiques da minha família. Dizem-me que o meu maior tique é reparar nos tiques dos outros. Teimosa. Quando acho que uma coisa é assim, é assim. Discuto quando acho que tenho razão e sou um bocado reativa. Super exigente que até parece que sou maldisposta, mas não sou maldisposta. Uma qualidade que se aplica a um defeito. Sou mais cautelosa e, se calhar, é um defeito. Ando num limbo entre o desconfiado e o pé atrás. Já penso três vezes. Já tenho atenção três vezes.