Rádios, frequências de hoje em modelos de outrora

Muzen - Mint Green Metal (125 euros)

Sempre que o modernismo dá um passo ouvem-se vozes pessimistas. Aconteceu quando apareceram os televisores e as aparelhagens de som, ou quando os telemóveis e os tablets se massificaram. A frase repetia-se, derrotista: “já ninguém precisa de um rádio”. Foram tantas as sentenças de morte que já ninguém acredita nelas.

Os rádios reforçam-se em todas as frentes: o design vai beber ao passado, a tecnologia serve-se do que há de mais quente no mercado. Vêm com ligação à Internet e Bluetooth, entradas USB e para cartão de memória, baterias de grande autonomia, elevada potência sonora, sintonizadores analógicos AM/FM, relógio e alarme, etc. E sem deixarem de ser úteis, conquistaram um espaço de respeito no mundo da decoração: são úteis mesmo desligados.

Carlos Amaral, da Esotérico – Consultores de Som, em Loures, não é apologista do objeto enquanto adorno mas concorda que, por exemplo, o Model One da Tivoli, que tão bem vende na sua loja, é muito mais do que um bom rádio. “Além de um sucesso mundial pela sua qualidade, aparece cada vez mais em catálogos, revistas de decoração e agora até em anúncios de televisão.” Isto porque “a indústria tem tido necessidade de ir buscar ícones do passado”. Em todo o caso, o especialista alerta que “nem tudo o que aparece no mercado são réplicas do passado, no que toca à qualidade”. É uma questão de saber exatamente o que se pretende deles. E uma coisa permanece certa: os rádios não desaparecerão tão cedo.

Muzen

Mint Green Metal (125 euros)

Tivoli

Model One (180 euros)

AEG

NR 4155 (34,99 euros)

Sangean

Euphonic 45X (189 euros)

Roberts

Revival Mino (199 euros)