O bolo-rei é iguaria que não é consensual. Daí agora haver alternativas para quem não gosta de fruta cristalizada. E prometem adoçar o gosto de todos.
Corria o ano de 2007. Francisco Gomes estava em França e viu à venda um aroma de rosas comestível. Como em Portugal só se faziam o bolo-rei tradicional, o de chila e o rainha, Francisco e o chefe pasteleiro da Confeitaria Colonial, António Barbosa, desenvolveram um inesperado bolo-rei de rosas. Desde então, a pastelaria, com lojas no Porto e em Barcelos, lança todos os anos uma nova variante.
Dióspiro, ganache batido de maracujá, ananás dos Açores e vinho do Porto, abóbora e nozes e abacate são exemplos de recheios já usados. Ao fim de tantos anos a criar receitas, Francisco confessa: “É difícil, mas começamos a pensar em agosto. Estudamos e fazemos testes para que esteja tudo em harmonia”. A 12.ª invenção da Colonial é o bolo-rei de cenoura e nozes, ao qual chamaram Bolo-rei da Minha Avó.
Nas confeitarias Rainha, em Arouca, Santa Maria da Feira e São João da Madeira, além do bolo-rei normal, do bolo-rainha e do de chila, há as versões de chocolate e alfarroba. Márcio Oliveira, chefe pasteleiro da Rainha 5, em São João da Madeira, explica que desenvolveu a receita com o padeiro, Vítor Azevedo. À massa base acrescenta farinha de alfarroba, frutos secos e chila.
E há outras propostas para fugir ao tradicional. Quer opte pelo clássico ou pelo inovador, a mesa de Natal não fica completa sem o rei, o bolo-rei.