Esta semana, o nosso convidado é o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que recentemente se viu envolvido em mais algumas polémicas…
Olhe que essa sua cadeira é inflamável.
Não me diga que me vai deitar fogo à cadeira? O senhor tem muito mau feitio. Aliás, as golas antifumo podem não ser inflamáveis, mas o senhor ministro é que se inflama facilmente.
A verdade é que as golas antifumo afinal não se inflamam mesmo estando em contacto com chamas ou a menos de meio metro das chamas.
O senhor ainda vai dizer que as golas antifumo curam o cancro. Agora, falta saber se as golas aguentam um forno de padeiro da Proteção Civil.
Percebo a sua tentativa de fazer uma piada, mas esse senhor já se demitiu. O importante é que haja serenidade e confiança no nosso sistema de proteção aos incêndios.
Eu oiço isso todos os anos, mas, visto de cima, Portugal parece que foi atacado por uma coisa gigante daquelas para queimar leite-creme. Eu, no verão do ano passado, estava de férias, ligava a televisão para os canais portugueses e parecia que tinha uma daquelas lareiras falsas em casa.
Mas este ano estamos mais bem preparados do que nunca. Até temos helicópteros Kamov que voam.
Tenho pensado muito nesta problemática dos incêndios e penso que uma das soluções para o combate ao fogo era aumentar o tamanho dos baldes das esfregonas, porque, no fundo, acaba sempre por ser o popular com o balde a lutar contra o incêndio.
Temos feito grandes esforços, o problema são os incendiários, a maioria dos fogos são postos.
Estou farto de pensar nisso, faz-me confusão essa ideia dos incendiários serem, quase sempre, segundo as notícias, alcoólicos. Como é que eles conseguem fazer aquilo? Eu, quando estou bêbedo, a primeira coisa que perco é o isqueiro. E o senhor já viu um bêbedo, daqueles mesmo bêbedos, a acender um cigarro? Em média levam 45 minutos. Parecem uma foca com Parkinson a tentar equilibrar uma bola no focinho. Essa história está muito mal contada.
Há muitos negócios à volta dos incêndios.
Pois há, a presidente de junta do PS em Guimarães que o diga. Já agora, em relação aos fogos postos, lembro-me de em tempos terem anunciado um projeto que consistia em largar cerca de 150 mil cabras em Portugal para limpar o mato e a floresta.
Sim, vamos implementar, mas ainda não arranjamos ninguém ligado ao PS que tenha cabras.
Acho bem que o façam, mas não chega. Queremos cabras que limpam florestas, mas também queremos ursos pardos que atacam e desmembram incendiários. Pode ser? Isso é que era.
