Cristo Rei e Quartel do Carmo em alerta laranja. Saiba porquê

Texto de Sara Dias Oliveira

A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla e a Associação Nacional de Esclerose Múltipla não vão deixar passar a data em claro. Nesta quinta-feira, 30 de maio, é assinalado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla e, à semelhança do ano passado, em que foi criado o #AlertaLaranja em Portugal, pede-se que o país se vista de laranja para dar voz aos cerca de oito mil portadores da doença. E mostrar que as pessoas que sofrem de esclerose múltipla, apesar de todos os obstáculos, conseguem viver uma vida normal.

Ao longo do dia, em Lisboa, há várias iniciativas de sensibilização. Ações de rua, performances artísticas e monumentos iluminados, como o Cristo Rei, a fonte luminosa de Belém, o Castelo dos Mouros, o Quartel do Carmo, o casino e a estátua de D. José I no Terreiro do Paço. Os funcionários de alguns desses espaços estão convidados a usar lenços laranja.

Ao final da tarde, é inaugurada a exposição “Sintomas Invisíveis” no Instituto Superior Técnico de Lisboa, às 18.30 horas. A mostra está alinhada com uma campanha internacional, implementada pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla, e pretende dar a conhecer sintomas como fadiga, dor, tonturas, espasmos musculares ou sensibilidade ao calor, que fazem parte da vida dos doentes com esclerose múltipla. A exposição quer aproximar a sociedade ao que os doentes experienciam através do contacto direto com 12 painéis. Durante o evento, decorre um debate com alguns especialistas nessa área.

A esclerose múltipla é uma doença crónica que ataca o sistema nervoso central. Há tratamentos, mas não há cura.

Pedro Fernandes, locutor de rádio e apresentador de televisão, António Raminhos, humorista, José Carlos Pereira, ator e médico, Helena Isabel, vencedora da Casa dos Segredos e apresentadora de televisão, são alguns dos nomes que se associam a esta iniciativa pintada de laranja.

A esclerose múltipla é uma condição inflamatória crónica do sistema nervoso central e é a doença neurológica mais comum, não traumática e incapacitante em jovens adultos. Normalmente é diagnosticada entre os 20 e os 40 anos de idade.

Embora possam variar, os sintomas mais comuns incluem visão turva, dormência ou formigueiro nos membros superiores e inferiores e problemas ao nível da força e coordenação. As formas recidivantes são as mais comuns. Apesar de vários tratamentos disponíveis para conter a evolução da doença, ainda não existe a possibilidade de cura.