Teresa Branco: Exercício físico, autoestima e um pecadilho de vez em quando

Texto de Ana Pago | Fotografia de Jorge Amaral/Global Imagens

A história da infância de Teresa Branco seria fácil de contar: uma criança gordinha como tantas outras, a crescer em serões felizes à mesa, no seio de uma família de gordinhos.

E podia muito bem ter ficado por aí – em lágrimas contidas pelos quilos a mais, numa sociedade rápida a apontar o dedo –, não fosse essa criança ter-se tornado a mais conhecida especialista portuguesa em gestão do peso, conhecida de todos ao coordenar a equipa de acompanhamento no programa Peso Pesado (estreado em maio de 2011 na SIC). De resto, praticou sempre exercício com regularidade, sobretudo correr. Quem lhe tira a corrida tira-lhe tudo.

«A família e os amigos sempre me conheceram assim. Se deixasse de correr é que achariam estranho.»

«O treino faz parte do meu ADN. Adoro sentir o esforço, sinto-me como se me estivesse a purificar», explica a fisiologista na gestão do peso, pronta para cruzar os ventos do Guincho em passo acelerado.

Há mais de dez anos que a corrida lhe entrou no corpo como uma possessão boa e ela lá vai, a ouvir música clássica, Chico Buarque ou Jorge Palma conforme os humores do momento. «Do total de treinos que faço, cinco a seis vezes por semana, corro três vezes durante 75 minutos. Faz-me sentir que tenho saúde, algo importantíssimo para mim», diz.

Por vezes, parece-lhe que nem é só a questão de fazer bem ao corpo e à mente. É muito mais, quase como uma meditação em movimento que lhe permite ter as melhores ideias e sentir-se forte para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia. «A família e os amigos sempre me conheceram assim. Se deixasse de correr é que achariam estranho.»

E quanto ao seu segredo pessoal para se manter em forma? «Exercício físico, autoestima e um pecadilho de vez em quando.» Tem servido perfeitamente para si, então não há por que não recomendá-lo aos pacientes.
EQUILÍBRIO
Teresa Branco passa a vida a combater o excesso de peso, mas apesar disso – ou talvez por isso – não é nada fundamentalista nem adepta de se fazer juízos de valor.