Texto de Pedro Emanuel Santos
Fixem este nome: Satbir Arora. É taxista e ganhou projeção na Grã-Bretanha após evitar que uma menina de 13 anos fosse sequestrada por um pedófilo. Tudo aconteceu na pacata cidade de Bicester, nos arredores de Oxford, e começou quando a adolescente pediu a Satbir que a transportasse até à estação ferroviária de Gloucester, a cerca de 50 quilómetros. Um pedido estranho tendo em conta a distância e a idade da passageira.
Foi quando chegaram ao destino que as coisas começaram a correr mal. Muito mal. Na estação não havia ninguém à espera da jovem, o que o taxista achou muito estranho. Temendo o pior, não saiu do local e foi tentando que a rapariga lhe contasse o que ia fazer.
Ela confessou-lhe que marcara um encontro com um desconhecido pela internet e deu-lhe o número de telefone da pessoa em causa. Satbir não perdeu tempo: ligou para o contacto e gravou a chamada. A polícia foi logo avisada e, através do número de telemóvel e da gravação, percebeu tratar-se de Sam Hewings, 24 anos, nada menos do que um perigoso criminoso que já cumprira pena de cinco anos de cadeia.
“As chamadas foram mais tarde usadas como prova contra Sam Hewings, antes condenado por tentativa de sequestro”, descreveu a Administração Regional de Cherwell e South Northamptonshire, que acabou por condecorar Satbir Arora pelo “feito excecional em defesa da comunidade”.
A investigação policial veio a comprovar que Sam Hewings tem “tendência para a pedofilia e revelara a intenção de sequestrar, sedar e violar uma vítima”, segundo a BBC. “Na casa do suspeito foi encontrada uma mochila com facas, fita adesiva e comprimidos do analgésico codeína”, adiantou a estação britânica.
Curiosamente, Satbir Arora, o taxista herói, participara meses antes num pequeno curso obrigatório para proteção da população.
O vilão da história foi, entretanto, levado a tribunal e acabou condenado.