Sim, os homens também fingem orgasmos. Saiba como

E as percentagens de "representação" no sexo masculino são no mínimo surpreendentes.

A ideia de haver mulheres que fingem orgasmos está longe de ser nova. Aliás, estudos apontam para que só metade delas atinja o clímax durante as relações (49%, segundo um apuramento recente publicado na revista “The Journal of Sexual Medicine”). Mais do que isso, a estatística mostra que quase metade dos homens (43%) é incapaz de dizer em que momento a parceira atinge o orgasmo.

Mas se já nos habituámos à ideia de que há mulheres que são atrizes por excelência, será melhor começar a alargar a conceção ao sexo masculino. Uma análise feita pela marca de produtos eróticos Bijoux Indiscrets junto de mais de 1400 homens confirma-o.

Os números são significativos: 21,2% dos homens ouvidos já tinha fingido um orgasmo (bem menos do que os 52,1% registados entre as mulheres neste estudo), e 8,4% admitiu falsear quase sempre os orgasmos – uma percentagem bem próxima dos 11,8% obtidos no sexo feminino.

Surpreendente ou não, estes números estão bem longe de corresponder à perceção do parceiro: só 10,4% das mulheres e 15,6% dos homens acreditam que o companheiro/ companheira possa fingir orgasmos.

Porque é que os homens fingem? Uma explicação foi avançada pela sexóloga Ana García ao jornal espanhol “El País”: é por causa da “vergonha de não chegar ao orgasmo”. García defende que eles, “ao contrário das mulheres, tentam por todos os meios, mas se virem que não conseguem fingem por vergonha, porque a sociedade impõe que eles sempre querem e podem”.

E agora o como. Se para uma mulher fingir um orgasmo passa apenas por ter bons dotes de representação, num homem a coisa adivinha-se mais complicada, por causa da ejaculação. Mas é mais plausível do que se possa pensar.

“É relativamente simples se se usar preservativo. Faça os barulhos certos, acerte o ritmo da sua respiração e pronto. No calor do momento, ninguém vai verificar o preservativo. É só tirá-lo e levá-lo para a casa de banho antes que comecem as perguntas”, explicou a “The Huffington Post” um conhecido colunista britânico, The Guyliner, especialista em assuntos de relacionamento e sexo.

E sem preservativo? “É mais complicado, mas normalmente há tanta coisa a acontecer que não dá tempo para parar e avaliar exatamente o que aconteceu ou o que deixou de acontecer”, garante.